A 5ª Assembleia-Geral Ordinária,do Movimento das Mulheres Rurais Africanas, intitulada “Nós somos a solução” decorre em Bissau, de 12 a 17 de dezembro, para analisar as definições de perspectivas, apreciações das realizações e projeções das ações do próximo ano. O encontro juntou diferentes membros vindos de Senegal, Guiné-Conacri, Burkina Faso, Mali, Gana e Gâmbia.
Ao presidir a cerimónia de abertura dos trabalhos, o secretário-geral da Federação Camponesa Kafo disse que a escolha da Guiné-Bissau deve-se ao papel desempenhado pela sua organização e associações das mulheres rurais no alcance dos objetivos definidos.
Sambu Seck explicou que o papel fundamental desse movimento tem a ver com o reconhecimento do valor, o estatuto da mulher rural e a contribuição da mulher rural no desenvolvimento da agricultura.
Agradeceu o movimento pela escolha da Guiné-Bissau para a realização da Assembleia-Geral Ordinária, de modo a discutir, analisar as perspectivas e projeções daquela organização.
Na ocasião, a presidente do Movimento das Mulheres Rurais Africanas “Nós somos a solução” lembrou que, em 2014, após três anos da campanha “Nós somos a solução”, a organização se transformou em movimento com 13 associações de mulheres rurais.
Segundo Mariama Sonko, neste movimento, os seus gestores estão empenhados em forma-lo e torna-lo funcional e sustentável.
A responsável afirmou que a sua organização procura respeitar fundamentalmente, as regras básicas, nomeadamente a realização das reuniões regulares e, entre outras.
Para ela, é nessa ordem de ideia que a coordenação de “Nós Somos a Solução” com o apoio de Fahamu incluiu no calendário de atividades do movimento o encontro anual das líderes integrantes do movimento.
A presidente do movimento revelou que a escolha da Guiné-Bissau é motivada pela sua posição geográfica no que diz respeito à proximidade com três dos sete países referidos membros nomeadamente Gâmbia, Guiné-Conacri e Senegal para participar no encontro.
O ponto focal de género do Fundo das Nações Unidas para Alimentação (FAO) demonstrou o quanto acredita que as mulheres são a solução, por isso pediu ao movimento que continue a desenvolver trabalhos em prol das famílias africanas.
Aminata Baldé reconheceu que o lema “Nós somos a solução” do movimento enquadra-se perfeitamente, porque as mulheres são a solução mesma.
Assegurou que no mundo e na vida, tudo se iniciou com as mulheres e provavelmente tudo vai terminar com elas.
Por sua vez, a presidente da Confederação das Mulheres de Atividades Económicas (AMAE) disse que as mulheres rurais constituem pilares da agricultura. Por isso representam 70 por cento d.o produto interno bruto dos países africanos e 40 por cento do emprego.
Antónia Adama Djaló acrescentou que, dar oportunidade à mulher rural é dar oportunidade ao desenvolvimento real e sustentável do país.
Ainda, Adama sublinhou que as mulheres em questão contribuem para a redução de 70 por cento da fome de cerca de um milhão da população nos países do Continente Africano.
Julciano Baldé