“Este ministério merece ter um edifício próprio, tendo em conta a sua especificidade e dupla função de ensino superior e investigação científica” disse Timóteo Saba Mbunde, ministro do Ensino Superior e Investigação Cientifica, em entrevista que concedeu, no passado dia 22 de dezembro, aos órgãos estatais de comunicação social.
A entrevista visava o balanço das atividades de 2022, o qual classificou de positivo o serviço prestado em exercício da sua função, ainda que seja ano de reorganização do ministério.
A instituição em abordagem surgiu da última configuração governamental, em janeiro do presente ano e chegou a funcionar à margem do Orçamento Geral do Estado (OGE), por ser instituído depois da aprovação do OGE, mas acabou por ser enquadrado.
Mesmo assim, o titular da pasta do Ensino Superior e Investigação Cientifica garante ter conseguido assinar parcerias e conceder bolsas de estudo aos cidadãos guineenses, apesar de estar imbuído no processo de reorganização e transição da Secretaria de Estado para Ministério do Ensino Superior e Investigação Cientifica. Estes e demais assuntos constituem o sumo da entrevista.
Realizações
O ministro do Ensino Superior e Investigação Científica revelou que, no capítulo de realizações, registou certos avanços.
A começar pela elaboração de um documento orgânico que reflete a vida funcional do ministério, uma vez que funcionava como Secretaria de Estado dentro do ministério da Educação.
Igualmente, mencionou as visitas efetuadas às diferentes unidades de formação superior do país para se inteirar da real situação e diligências para fazer cobro às exigências e desafios que pesam sobre a responsabilidade do ministério. De
O Ministro disse, a nível de parcerias públicas e privadas, ter conseguido bolsas de estudo para Marrocos e Venezuela. Revelou também ter rubricado acordo de cooperação com Portugal, com o qual o país terá, no próximo ano, condições de oferecer cursos de mestrado e pós-graduação. Além da parceria com o Instituto Superior de Bragança em que conseguiu formação para técnicos do ministério, com o propósito capacitar os técnicos administrativos, tendo em conta o processo de transição do ministério.
Ainda, a nível de parcerias, revelou o acordo assinado com a empresa espanhola de produção de materiais didáticos que também trabalha no domínio de engenharias laboratoriais, para estudantes de ciências exatas.
Este acordo foi graças ao esforço conjunto com o Fundo Europeu e permitirá ao país beneficiar, “a custo zero”, de laboratórios de produção de alimentos e de energia.
Por outro lado, Timóteo Saba Mbundé manifestou a sua satisfação pela aprovação, no Conselho de Ministros, de diplomas como: Estatuto de Arquivos e Bibliotecas Nacionais e Regime Jurídico de Depósito Legal. Este último, segundo o ministro, obriga aos criadores e autores ou escritores nacionais a registar e divulgar as suas obras no painel interno.
Segundo ele, conseguiu relançar as relações com a Venezuela e teve como resultado a disponibilização de bolsas na área de medicina para estudantes guineenses.
Quanto ao desafio e perspetivas para o próximo ano revelou a intenção de promover uma conferência nacional sobre Ensino Superior e Investigação Científica.
A propósito, sublinhou que está em curso um projeto para a criação de cursos de mestrados na Escola Normal Superior Tchico Té.
Nelinho N´Tanhá