O ministro das Obras Públicas, Construção e Urbanismo anunciou o inicio, em Janeiro do próximo ano, das obras de construção de estação de pesagem de carros, com o objetivo de reduzir o acelerado nível de degradação das infra-estruturas rodoviárias.
Em entrevista conjunta aos órgãos de comunicação públicos, Fidélis Forbs disse que aquela estação vai ser construída na estrada de Safim.
“A construção da estação de pesagem de viaturas vai situar-se depois do aeroporto de Bissalanca, ao lado da fábrica de espuma. A estação de pesagem é extremamente importante para a vida de uma estrada, porque permite definir o gabarito e os eixos dos carros que nela circulam” realçou.
Disse que, um dos fatores de degradação da rede rodoviária é exatamente a falta de estação de pesagem de viaturas no país.
Disse que é a primeira vez na história do país que vai ser construída uma estação de pesagem e, se tudo correr como planeado, até o final de janeiro de 2023 será feito o lançamento da primeira pedra para a sua construção”, disse.
Salientou que também está em curso uma grande obra rodoviária de transformação da cidade de Bissau com várias fases e disse que dentro de duas ou três semanas pode-se estar a fechar o asfaltamento das ruas, no projecto de Bissau Velho, para se avançar para fases de pinturas dos edifícios.
Reabilitação de 37 por cento de estradas
O governante, quando fazia balanço das realizações feitas ao longo deste ano de 2022, revelou que conseguiram reabilitar 37 por cento de 83 vias rodoviárias do país, que se encontravam num estado de degradação muito avançado.
O ministro assegurou que é preciso ter um país estável para poder concluir grandes projetos e atingir os objetivos fixados no início da governação, em 2020.
Fidélis Forbs manifestou a satisfeito pelos resultados alcançados a nível das obras executadas, embora faltam muitas obras e projetos para executar. “Temos várias obras já executadas, outras em execução e ainda outras por executar, mas com financiamentos já aprovados”, informou.
Segundo Forbs, as obras em execução são a estrada do Aeroporto/Safim, e a recuperação e manutenção profunda da estrada de Safim até São Domingos. Além dessas estradas, também estão igualmente empenhados na reabilitação do eixo Ingoré-Bigene-Farim, uma extensão de 60 quilómetros.
Infraestruturação do país
No Sul do país o seu ministério está a levar a cabo várias obras nomeadamente, a manutenção da estrada Bambadinca-Buba, numa distância de 100 quilómetros, bem como Fulacunda-Nova Sintra, na região de Quinará, tido como um dos eixos principais para circulação de pessoas e bens ao nível daquela região.
“Se tudo correr como previsto, as obras do troço da segunda cintura de Bissau, que compreende a rotunda da Guimetal até a Escola Nacional de Saúde, passando pelo prédio libanês, Sobrado, Cuntum Madina, o Estádio 24 de Setembro e até à estrada das Nações Unidas, vão ser uma realidade”, manifestou.
Como também o referido projeto vai abranger a saída de Bissau que é a zona de Antula em direção à Universidade Jean Piaget, atravessando o canal de rio para Nhacra. Portanto, trata-se de uma obra já com garantias de financiamento do Banco Árabe para o Desenvolvimento de África (BADEA).
Entretanto, neste momento, está em fase de actualização, os estudos da estrada de Antula que, segundo ele, precisam ser atualizados para depois passar a fase de preparação do caderno de encargos e posterior lançamento do concurso público e avaliação, até chegar â fase da publicação do vencedor.
Também há outro projeto de construção de estrada Quebo-Boké que já ultrapassou todas estas fases de estudos de sumário detalhado e que, nesse momento, está no processo de avaliação para o anúncio da empresa vencedora do concurso.
Na mesma entrevista, o ministro das Obras Públicas falou do projeto de construção da Ponte de Farim e da estrada Farim-Dunghal acrescido de quatro quilómetros de estrada dentro de cidade de Farim, tendo afirmado que o referido projeto já tem financiamento aprovado.
Em relação as obras de construção da auto-estrada Aeroporto-Safim, Fidélis Forbs afirmou que as mesmas estão a decorrer no seu ritmo normal, embora haja atrasos no processo de indemnização de pessoas afetadas, mas o mesmo deve-se à busca de consensos entre o Governo e os beneficiários.
Disse que atualmente estão a negociar com as pessoas que têm os seus documentos em ordem, assim para evitar problemas no futuro. Mas, também, há uma lei de 1996 que proíbe qualquer obra a menos de 20 metros de estrada e, no entanto, as pessoas ignoram-na.
Texto: Alfredo Saminanco – Fotos: Aliu Baldé