O Ministério do Interior afirmou que a tentativa de assassinato contra o deputado da Nação e líder da União para Mudança, Agnelo Regalla, foi um ato isolado e que ainda não identificou algum suspeito do crime.
Falando hoje, em conferencia de imprensa, dois dias depois desse acontecimento, o porta-voz do Ministério do Interior, Salvador Soares, confirma que não têm em mãos algum suspeito ou responsável do ato.
Soares, citado pela Rádio Sol mansi, justifica que foi o próprio Agnelo Regala a dizer, ontem, que o ato foi perpetrado por pessoas encapuçadas e que depois fugiram do local.
Diante desta situação, o porta-voz do ministério dirigido por Botche Candé diz não saber se a instituição tem ou não a capacidade de proteger os cidadãos nacionais e “isso depende da interpretação de cada pessoa”.
Na mesma ocasião, Salvador Soares disse que o Ministério do Interior tem dúvidas em relação a arma usada para o atentado, acrescentando que chegou a esta conclusão no decorrer das investigações preliminares e tendo em conta a imagem exibida.
Ontem, um dia depois do atentado, o líder da UM, igualmente deputado da nação, Agnelo Regalla, havia afirmado que a tentativa contra a sua vida não passa de uma motivação política de quem quer calar aqueles que defendem a democracia.
Esta situação já teve a reação de várias individualidades nacionais e internacionais e das organizações que zelam pelos direitos humanos, as quais pedem que a justiça seja feita e os implicados traduzidos à justiça.
No entanto, esta tarde, o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil realiza uma vigília, em frente a Casa dos Direitos, em Bissau, para denunciar o contexto de “insegurança, terror, violações graves dos direitos humanos” que se vive no país.
Segundo um comunicado da organização, a atividade é realizada consubstanciada nos” sucessivos casos de raptos, espancamentos, ataques à vida e integridade física dos cidadãos” perpetrados por aquilo que chama de “um esquadrão” de desconhecidos, intimidações e tentativas de confinamento dos direitos e liberdades constitucionalmente assegurados.
O evento culminará com a leitura de um memorando que reflete a “escalada da violência no país e a degradação espantosa dos princípios estruturantes do Estado de Direito”.