O Ministério da Educação Nacional, por intermédio da sua Inspeção Geral, efetua, de 17 a 28 deste mês, uma inspeção às escolas privadas do Setor Autónomo de Bissau (SAB), com o objetivo de verificar se reúnem as condições exigidas em termos administrativos, pedagógicos e infraestruturais.
Esta campanha abrange educação pré-escolar, ensinos básico, secundário, técnico-profissional e superior.
Em entrevista exclusiva ao Nô Pintcha, a inspetora e coordenadora da equipa de trabalho, Florinda Sanca, afirmou que a missão da Inspeção Geral da Educação é de assegurar a legalidade e a regularidade dos atos de ensino aprendizagem.
Aquela responsável lamentou a forma como as escolas têm estado a ser criadas, em alguns casos, sem respeito aos requisitos exigidos pelo Ministério da Educação.
Florinda Sanca lamentou ainda as dificuldades que a sua equipa tem estado a depara-se no terreno que, segundo ela, muitas das vezes, quando querem conversar com os proprietários das referidas escolas, não conseguem e pior ainda nem sabem quem são os donos.
Acrescentou que muitas das vezes sensibilizam os proprietários, no sentido de melhorarem as condições das suas escolas, adequando-as às exigências da tutela.
Lembrou que em várias ocasiões os inspetores são vistos como polícias, quando na realidade estão a trabalhar para corrigir os males verificados no ensino privado, em prol do desenvolvimento de um ensino de qualidade.
A inspetora aproveitou a ocasião para pedir os pais e encarregados de educação a denunciarem as escolas que não reúnam condições de funcionamento.
“Se pais e encarregados de educação não se colaborarem, serão, eles mesmo, as primeiras vítimas, porque pagam propinas sem que os filhos tenham aprendido alguma coisa.
A inspetora acautelou ainda que a falta de iluminação e ventilação das salas de aula podem acarretar riscos de saúde às crianças.
Fulgêncio Mendes Borges