O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural beneficiou na tarde de sexta-feira, dia 12 de maio, de um donativo de 10 motobombas e 96 tubos (48 de 10 polegadas e 48 de 12 polegadas).
Cada motobomba tem a capacidade para lançar 600 metros cubicos (600 mil litros) de água por hora e numa distância de até 20 metros para irrigação de cada um dos 30 hectares de lavoura previstos no projeto.
O donativo é do Programa Alimentar Mundial e enquadra-se no Projeto de Apoio à Urgência da Segurança Alimentar, tendo contado com o financiamento do Banco Africano de Desenvolvimeto em mais de 100 milhões de francos CFA.
O ministro Botche Candé agradeceu o gesto e disse que não se pode medir o nível da sua satisfação, tendo elogiado a postura e grande contribuição do representante residente do PAM que, em menos de cinco meses respondeu positivamente ao pedido formulado pelo governo.
Aquele governante regojizou-se com o facto de materiais de género, que nunca tinham sido vistos antes no país, chegarem a seu pedido, advertindo que tal deve constituir motivação e um passo gigantesco na luta pelo erradicação da fome.
“Com esses materiais, penso que o Ministério da Agricultura já dispõe de condições para cultivar arroz, pelo menos duas vezes por ano. Sempre disse, desde o início, que temos condições de lutar e acabar com a fome na Guiné-Bissau. Alguns pensaram isso impossível, na altura, levando em conta a falta de meios para cultivar na época seca. Hoje, a realidade já começa a mostrar que é possível”, referiu.
Aproveitou a oportunidade para, mais uma vez, agradecer o Presidente da República e o Primeiro-ministro pela confiança depositada na sua pessoa para dirigir o Ministério da Agricultura, tendo também felicitado a colaboração que tem tido por parte dos técnicos da casa.
Concluiu, parafraseando Amílcar Cabral: “Se apostarmos na agricultura, o país viverá sem fome e irá exportar arroz”.
O representante do PAM informou que o dom deveria ter chegado em finais de 2022, o que não foi possível por dificuldades de logística, mas manisfestou-se satisfeito com a chegada e entrega do mesmo.
Quando visitou algumas localidades junto com o ministro da tutela, João Manja apercebeu que havia “muito entusiasmo e muita capacidade” por parte das populações para a produção de arroz, mas precisavam de apoio para aumentar a escala.
A partir daí, disse, o PAM comprometeu-se a trabalhar nesse programa tripartido, que também envolve o Governo e o BAD.
Acredita que a entrega desses materiais pode contribuir para a transformação da vida dos guineenses e “reduzir drasticamente” as importações, até mesmo em pouco tempo inverter a situação, ou seja, fazendo exportação de produtos nacionais e atingir a meta da fome zero.
Ibraima Sori Baldé