Ministério da Agricultura homenageia Amílcar Cabral

No quadro das celebrações do Centenário Amílcar Cabral, o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural realizou, dia 13 de novembro, uma palestra para render homenagem ao engenheiro agrónomo Amílcar Cabral.

O ato foi presidido pelo Primeiro-Ministro, Rui Duarte de Barros, na presença de alguns membros do governo, técnicos e funcionários do referido ministério. A palestra terminou com a entrega dos certificados de reconhecimento aos engenheiros agrónomos.

Durante a palestra, foram abordados três temas, nomeadamente estudos agrários de Amílcar Cabral, a visão do engenheiro agrónomo para o desenvolvimento agrícola da Guiné-Bissau e a agricultura, soberania alimentar e independência.

Na sua intervenção, o chefe do governo afirmou que AmílcarCabral foi um importante líder político e uma das figuras mais prominentes do movimento da luta pela intendência do colonialismo africano, especialmente da Guiné-Bissau e Cabo-verde.

Rui Duarte Barros lembrou que em 1940 Cabral teve uma formação académica na engenheira agrónoma, em Lisboa, com conhecimento técnico e elevado nível de consciência social e política.

Segundo o Primeiro-Ministro, além da sua visão sobre a necessidade de luta armada contra o colonialismo, também foi conhecido por suas habilidades de organização e mobilização, destacando a importância da construção da identidade cultural e educação para o povo africano.

“Em 1956, junto com os camaradas, fundou o Partido africana para independência da Guiné e cabo Verde e tornando um dos líderes principais do movimento da libertação”, recordou.

Por seu turno, a ministra da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Fatumata Djau Baldé, disse que o plano estratégico de Amílcar Cabral visa promover o desenvolvimento agrícola, baseado na diversificação da produção e no respeito escrupuloso do equilibro ecológico, gestão de conservação dos recursos naturais, sustentabilidade, pressão demográfica, efeitos climáticos sobre a produção dos alimentos e o bem-estar da economia.

Apesar de grande potencialidade do solo, disse que o ministério depara-se com a falta de recursos humanos, o que tem criado uma certa dificuldade na realização de pesquisa agrária, assim como trazer os resultados úteis para os agricultores.

Afirmou que é necessário dar a continuidade do plano estratégico traçado por Amílcar Cabral para garantir a rentabilidade da produção agrícola, um passo fundamental para o crescimento económico.

Por fim, engenheiro Rui Nené Djata reconheceu a importância do evento, tendo revelado que o setor está cada vez mais afetado com diversos fenómenos, que têm contribuído na fraca produtividade e valorização dos recursos humanos, situação que tem refletido negativamente na implementação de reforma e no ingresso de novos quadros.

No seu ponto de vista, para atingir o objetivo, é necessário que haja a mudança de paradigma e um investimento sério na área.

Alatu Mané (estagiária)

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