A classe castrense quer produzir arroz suficientemente para garantir a comida nos quartéis, reduzindo de forma drástica as despesas do Governo, concernentes ao abastecimento desse cereal às forças de defesa através do projeto denominado “Batalha de Komo”, elaborado desde 2014, mas cuja implementação carece de meios materiais.
Para o efeito, os Serviços de Produção Agrícola do Estado-Maior General das Forças Armadas procedeu hoje, dia 6, ao lançamento da colheita de arroz produzido pela classe castrense no campo agrícola de Campossa C-2, na Região de Bafatá, esperando colher cerca de 30 toneladas.
O chefe do Serviço de Produção de Estado-Maior General das Forças (EMGFA), coronel Manuel da Costa, afirmou que o custo para a lavoura da colheira que ora se faz foi 100 por cento assumido pelo Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, general Biagué Na N’tan.
Manuel da Costa assegurou que a classe castrense está apta a dar de comer suficientemente nos quartéis, desde que o Governo disponibilize materiais necessários para a produção agrícola.
O oficial disse que essa é apenas experiência pioneira do espaço, pois, nos últimos tempos, os campos de lavoura dos militares têm sido inundados devido à pluviosidade, situação que lhes levou a solicitar ao Governo o terreno de Campossa C-2.
“Somos parceiros do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, pois temos um convénio desde 2007, renovado já duas vezes”, informou.
Adiantou que foi o ministério é que cedeu aquele espaço ao EMGFA, tendo anunciando que vão iniciar a próxima campanha agrícola em novembro, produzindo durante a época seca e continuar ainda a produção na estação chuvosa, em 2025.
Maior produtividade
O técnico agrónomo assistente deste campo agrícola, António Mendes Tavares, perspetivou maior produtividade no próximo ano, uma vez que as forças armadas irão iniciar os trabalhos mais cedo possível.
Mendes Tavares solicitou o Estado-Maior Geral das Forças Armadas a mobilizar mais efetivos militares de diferentes unidades para ingressarem nesse projeto.
“No próximo ano agrícola vamos ampliar a área de cultivo. Aliás, esse terreno é arrável a uma superfície de 60 hectares. Como experiência piloto, lavramos apenas cinco hectares e esperamos uma colheita que pode rondar entre 25 e 30 toneladas de arroz”, perspetivou o técnico do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural.
Entretanto, dados disponíveis apontam que o país dispõe de um milhão e trizentos mil hectares de terras arráveis, mas apenas 30 por cento desse espaço é utilizada regularmente.
Aliu Baldé