Os órgãos do Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), Comissão Política e Conselho Nacional congratulam-se com a forma responsável, producente como o partido tem sido conduzido pelo seu coordenador, Braima Camará, augurando a essa formação política cada vez mais unida, coesa, rumo à vitória.
Esse encorajamento e solidariedade para com o líder do partido constam das resoluções finais da Reunião ordinária da Comissão Política e do Conselho Nacional, que iniciaram no dia 31 de julho e terminaram 2 de agosto.
Os membros daqueles dois órgãos máximos do Madem-G15, endereçaram as suas mais vivas felicitações ao povo guineense pela confiança e reconhecimento que expressaram no partido nas eleições legislativas e presidenciais de 2019 e garantir a sua entrega e comprometimento total na construção de uma Guiné-Bissau unida, estável e capaz de promover o seu desenvolvimento socioeconómico.
“Saudar todos os militantes, responsáveis e dirigentes que se empenharam, sem reservas, na materialização das ações preconizadas pela Direção Superior do Partido e exortar-lhes a prosseguirem com maior determinação nas realizações dos objetivos programáticos”, lê-se ainda no documento.
Os dois órgãos felicitaram a 2ª vice-coordenadora do Madem e 2ª vice-presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), Adja Satu Camará Pinto, pela sua “sábia” condução da última sessão da décima legislatura, tendo evidenciado a sua “maturidade política e capacidade de gestão”.
Sentido de responsabilidade
No seu discurso de agradecimento, o coordenador do Madem-G15, Braima Camará, afirmou sentir-se muito orgulhoso e, acima de tudo, um grande sentido de responsabilidade, pela confiança que os militantes e dirigentes do partido depositaram na sua pessoa.
Camará disse ainda que a sua missão é de unir os militantes do partido, dentro e fora, implementar a máxima todos por um e um por todos, pautar pela reconciliação interna, entendimento e diálogo inclusivo, porque o partido está a caminhar passos largos para assumir grandes responsabilidade na Guiné-Bissau.
“Uma vez tendo o Presidente da República a colaborar bem com o governo e estando os partidos a meio caminho das legislativas, estou convencido que as responsabilidades mais acrescidas agora e conjunto das moções demonstram que os guineenses estão cada vez mais confiantes em nós”, sublinhou Camará.
Garantiu que essa moção de confiança vai traduzir-se na prática, pela confiança que os veteranos da luta armada de libertação nacional, como Luís Oliveira Sanca e Adja Satu Camara Pinto, depositaram em mim para trabalhar rumo ao desenvolvimento e respeitando as leis da República.
Questionado sobre as eventuais divergências que existem entre o coordenador do Madem e o Chefe de Estado, Braima Camará disse: “o Presidente da República é o Chefe de Estado, e eu sou Coordenador do Madem-G15, tenho todo o respeito por ele, podemos divergir numa ou outra situação mas sempre dialogamos na base dos aconselhamentos do nosso pai, Oliveira Sanca e da nossa mãe, Satu Camará. Estamos a conversar e, por coincidência, hoje trocarmos mensagens”.
“Penso que não estou a criar problemas, porque não tenho condições para o fazer e penso que estou a trabalhar para responder as espectativas e a esperança que o povo depositou em mim”, disse.
De acordo com Braima Camará, o Madem-G15 foi importante promotor de fazer Umaro Sissoco Embaló chegar à presidência da República. Portanto, o partido tem a responsabilidade de o apoiar a exercer a sua Magistratura de influência no respeito ao Estado de Direito Democrática, para que a nossa organização política continue a merecer a confiança do povo da Guiné-Bissau”, disse o líder do Madem
Não existem dois Chefe de Estado
De salientar que no primeiro dia da abertura dos trabalhos da reunião ordenaria da Comissão Política seguida pelo Conselho Nacional, o coordenador do Madem-G15, Braima Camará, havia alertado que não existem dois Presidentes da República e nem dois coordenadores de Madem-G15.
Camará advertiu que está de olhos abertos e atento sobre qualquer manobras nas bases do partido, aliás, esclareceu mesmo que os secretários regionais estão sob a sua dependência direta e quaisquer movimentações estranhas, sem demora vai substituí-los.
Braima Camará desafiou os dirigentes que queiram o seu lugar a preparem-se para o congresso a realizar em Setembro de 2022. Disse que ficou calado esse tempo todo, apesar de ter ouvido muitas coisas, sobretudo dos colegas que dizem que ele não tem condições para defender o partido, porque foi o único líder partidário que fica calado a assistindo a exoneração de elementos do seu próprio partido no governo sem fazer algo.
“Aceitei e engoli tudo isso.
Alguns militantes e dirigentes do partido interpretaram o meu silêncio como se eu tivesse sido comprado. Mas nem Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos de América, tem dinheiro suficiente para comprar-me”, disse.
Avisou que o tempo das brincadeiras acabou no Madem e que, doravante, passa a contar com quem está presente. “No combate político só quem está presente é que faz falta. Ninguém é insubstituível no Madem. Se Braima Camará ficar na sua casa, aparecerão outros”, avisou.
O líder do Madem lembrou que sem o apoio de Nuno Gomes Nabian, não teriam conseguido eleger o Presidente da República.
“Os dirigentes questionam a razão pela qual Nuno Nabian, que tem apenas um deputado é nomeado Primeiro-Ministro. Sem o Nuno Nabian não teríamos o Presidente da República. A política é feita de acordos e compromissos”, assegurou, para de seguida reafirmar que “Se não tivéssemos feito essas cedências ou se não tivéssemos sacrificado as nossas vidas e atividades profissionais não poderíamos ter o Presidente da República”.
Mexidas nas estruturas regionais
Na mesma reunião, sob proposta do coordenador do Madem-G15, Braima Camará foram nomeados os novos supervisores provinciais, a saber:
Luís Oliveira Sanca, supervisor da zona centro (Bissau e Biombo); Adja Satu Camará Pinto, supervisora da Provincia Sul; Abdu Mané, supervisor da Provincia Norte (Cacheu e Oio) e José Carlos M. Monteiro, supervisor da Provincia Leste (Bafatá e Gabu). Adjuntos: Queba Djaité; Anita Djaló Sané e Mário Lopes Martins.
Secretariado
Serifo, Sané, secretário regional de Bafatá; Mário Lopes Martins, secretário para Organização, Implantação de Estruturas; Henry Mané, secretário adjunto para Administração, Finanças e Assuntos Económicos; Gabriel Gibril Baldé, secretário para Assuntos Eleitorais; Mutaro Candé, secretário de Organizações Sociopolíticas e de Massas e António Yaia Seide, secretário adjunto para Comunicação e Imagens.
Supervisores regionais
Abel da Silva Gomes, Cacheu – 2; Cipriano Mendes Pereira Nhina, Cacheu – 1 Queba Djaité, Sector Autónomo de Bissau; Maria da Conceição Évora, Biombo; Manuel Irene Nascimento Lopes, Oio; Mando Sani, Bafatá; Serifo Mutaro Baldé, Quinara; Mbissan Nanquilin, Tombali e Mutaro Bari, Bolama Bijagós.
Texto e foto: Fulgêncio Mendes Borges