“Mesmo grupo ilibado pelo Tribunal Militar volta promover desestabilização”

O Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, Biaguê Na N’Tam, à sua chegada ao aeroporto internacional Osvaldo Vieira, no dia 15, em Bissau, declarou que os autores da tentativa do golpe de 1 fevereiro último são os mesmos que foram ilibados no passado pelo Tribunal Militar.

“Duas vezes prendemos e levamos elementos desse grupo desestabilizadores ao Tribunal Militar”, disse

“Se me tivessem morto, o Tribunal Militar iria aceitar que se tratava de um plano de golpe de Estado”, acusa, acrescentando que a falta de colaboração da instância judicial militar tem embaraçado enormemente a estabilização definitiva do país

Biaguê Na N’Tam, que esteve cerca de um mês em Espanha num tratamento médio de oftalmologia, não tem dúvidas que esse grupo quis sempre desestabilizar o país e aproveitou desta vez da sua ausência para levar a cabo a essa ação macabra, que resultou num balanço trágico de 11 mortos, entre eles três civis.

Na N’Tam sublinhou que após duas tentativas frustradas, em apenas dois anos, de 2020 a 2022, o mesmo grupo de sempre conhecido de cor e salteado na praça de Bissau, volta a tentar desestabilizar o país furtando-se da sua ausência.

O Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas lembra de terem presos esses autores e traduzidos à justiça, no ano passado. “O Tribunal Militar alegou, na altura, falta de provas e voltaram a cometer o mesmo ato de desestabilização do país”. 

Para Biaguê Na N’Tam, esse plano de tentativa de golpe de Estado foi preparado há muito tempo. “São as mesmas pessoas. Ninguém está fora”, disse.

O General acusou que esse grupo, que há dois anos planeia desestabilizar o país voltou a protagonizar o ataque ao Palácio do Governo.

Recorde-se que dois dias antes do caso primeiro de fevereiro, corriam rumores, em Bissau, sobretudo, nas redes sociais e de boca em boca da alegada morte do Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas. As chefias militares desmentiram, em comunicado distribuído à imprensa, esses boatos mas mesmo assim esse grupo lançou esses sussurros, como poeira para em seguida levar avante a essa tentativa frustrada de decapitação do Estado guineense.

Abduramane Djaló

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