O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural disse que, com as metas e medidas específicas a implementar no quadro do seu programa, a Guiné-Bissau pretende lutar contra a degradação das terras até 2030, com um crescimento absoluto em cerca de 40 mil hectares de florestas recuperadas ou seja, um aumento de 1.5 por cento sobre as variáveis positivas na dinâmica da produtividade atual das terras.
Marciano Silva Barbeiro deu esta garantia, no dia 16 do corrente mês, quando proferia uma mensagem alusiva ao Dia Mundial de Combate à Seca e Desertificação, comemorado a 17 de junho, sob lema: “Restauração, Terras e Recuperação”.
Silva Barbeiro disse esperar, até 2030, a recuperação de mais de 600 mil toneladas de stock de carbono no solo, que representam uma média acima dos 70 por cento como resultado das médias implementadas.
“Por estas razões, as florestas são essenciais para a segurança alimentar e nutricional. No futuro, devem ser parte de toda a planificação no uso da terra. Elas desempenham um papel crucial na luta contra o aquecimento global, pois, funcionam como sumidouro de carbono e contribuem para o equilibro entre o oxigénio e o dióxido de carbono, além da conservação da humidade atmosférica”, disse Marciano Silva Barbeiro.
Virtudes ecológicas
No entender do titular da pasta de Agricultura sobre a reflorestação na Guiné-Bissau, cada cidadão deve plantar uma árvore, pelo menos uma vez por ano. Segundo ele, todas as espécies são bem-vindas pelas suas virtudes ecológicas e financeiras.
O governante garantiu que o seu ministério, através da Direção Geral das Florestas e Fauna, continua e continuará a ser um parceiro para todos os atores implicados na promoção de uma gestão adequada dos recursos florestais, que é essencial para o desenvolvimento harmonioso e sustentável da Guiné-Bissau.
Para Silva Barbeiro, a celebração do Dia Mundial da Desertificação constitui uma ocasião particular para a consciencialização e sensibilização da população sobre o fenómeno da seca e desertificação e da crescente degradação das terras aráveis no país e a necessidade de uma gestão durável das florestas no contexto das mudanças climáticas que se verificam pela diminuição das precipitações e aumento das temperaturas.
De salientar que a celebração da data deste ano coincide com 25 anos desde a adoção e a entrada em vigor da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), traduzido assim o reconhecimento internacional do papel fundamental da terra no processo de desenvolvimento socioeconómico e da produção de bens e serviços agroalimentares.
Texto e foto: Fulgêncio Mendes Borges