O diretor-geral do Hospital Amizade Sino-Guineense, vulgo “Hospital Militar”, afirmou que o malogrado jovem de 37 anos de idade, capitão-de-fragata, Papa Fanhe, que faleceu no passado dia 30 de maio, nessa unidade hospitalar, foi tratado condignamente, como paciente, amigo, irmão e camarada de arma.
Ramalho Cunda fez esse esclarecimento esta manhã, numa conferência de imprensa, para esclarecer a opinião pública sobre tudo o que o hospital fez para salvar a vida do antigo oficial da Marinha de Guerra Nacional.
Aquele responsável máximo do Hospital Militar afirmou que o paciente deu entrada, no dia 22 de abril, num estado desagradável, onde não podia andar, por causa dos problemas nas articulações nos pés, febre muito alta e outros problemas, como falta de apetite.
Cunda disse que, de imediato, o paciente foi submetido a alguns exames médicos, para melhor diagnosticar o seu estado de saúde, onde se descobriu que Papa Fanhe estava com problema de mioglobina muito baixo, que era de 7.1; leucócitos monstra alguns sinais de infeção, era acima de 11; a glicínia também era de 47, isso significa que o açúcar no sangue estava muito baixo.
Ramalho Cunda explicou que o paciente foi submetido a uma outra análise, como a hepatite B, teste de plasmódio, infelizmente esse paciente deu “positivo”, assim também, fez teste de toxoplasmose e outros exames que, lamentavelmente, deram positivo.
Por outro lado, o diretor-geral do hospital disse que na base de tudo isso, o paciente Papa Fanhe, independentemente de ser tratado condignamente pela equipa médica, o seu estado clínico continuava de forma “desagradável”.
Explicou ainda que algumas entidades e familiares estavam a formalizar o pedido da evacuação do Papa Fanhe para uma clínica mais especializada na Europa, “mas já era muito tarde”.
O diretor do Hospital Militar lamentou a morte de Papa Fanhe, que considerou de irmão e camarada de arma.
Reafirmou que o malogrado desde que chegou ao hospital, foi tratado com todo cuidado médico, igual a qualquer paciente, uma vez que “é nosso irmão e camarada”.
De salientar que o falecido estava preso, acusado de ter participado na tentativa de golpe de Estado, ocorrido no passado dia 1 de fevereiro de 2022. E o seu estado de saúde vinha a complicar e foi transferido para o Hospital Militar e acabou por falecer no dia 30 de maio último.
Os restos mortais do malogrado estão na morgue do referido hospital, à espera da chegada de alguns familiares que estão na diáspora, e só depois a realização das cerimónias fúnebres do jovem capitão-de-fragata.
Fulgêncio Mendes Borges