“Liberdade dos media e acesso à informação de qualidade”

A Fundação dos Medias para África Ocidental (MFWA), em colaboração com o Sindicato dos jornalistas e Técnicos da Comunicação Social (Sinjotecs), lançou, no dia 15 de julho, um projeto destinado a “Promover a liberdade dos Media e acesso à informação de qualidade na Guiné-Bissau”, com a duração de três anos, com o financiamento da União Europeia.

O objetivo chave do projeto consiste em assegurar que os jornalistas e outros atores da comunicação social na Guiné-Bissau estejam “salvos, seguros, e capazes de produzir conteúdos jornalísticos eticamente apropriados, oportunos e baseados em fatos que promovam a coexistência pacífica na sociedade guineense”.

O projeto pretende também reforçar a capacidade dos atores dos meios da comunicação social para monitorizar e documentar as violações dos direitos dos Media e da liberdade de expressão e aumentar a capacidade dos principais atores estatais em questões de direitos humanos e dos meios de comunicação social.

Também, aumentar a capacidade das organizações e dos profissionais dos media para produzir conteúdos de qualidade, baseados em factos e ética, para ajudar a contrariar mensagens da radicação e extremismo violento.  

O ato do lançamento do referido projeto foi presenciado pelo representante do PNUD, representantes de partidos políticos (PAIGC e PRS), Conselho Nacional da Comunicação Social, Ordem dos Jornalistas, decanos da comunicação social, Sociedade Civil e Forças Armadas.

Na ocasião, a embaixadora da União Europeia no país afirmou que não restam dúvidas de que o papel dos media guineenses na contribuição de melhor informar e educar a população tem sido decisivo.

Sónia Neto adiantou que nos mais diversos desafios, têm conseguido exercer a nobre função, lutar pelos seus direitos e promover uma sociedade mais justa e equitativa.

Aquela diplomata assegurou que esse projeto reveste-se da maior importância para a União Europeia, porque vai ao encontro dos valores e princípios que fazem do “nosso ADN”, a promoção da liberdade de expressão em todas as suas formas.

Por sua vez, a coordenadora do Projeto-MFWA, organização regional de liberdade de imprensa e desenvolvimento da media, Daisy Prempeh, disse que o mesmo implicará em treinamentos sobre ética dos media, gestão das midia, jornalismo de responsabilidade, verificação dos factos, direitos humanos e liberdade de expressão, incluindo “direitos digitais”.

Disse ainda que os atores da midia na Guiné-Bissau também se beneficiarão da criação e a operacionalização de um website comum para a publicação de questões de liberdade de expressão e violações de liberdade de imprensa, e outros desenvolvimentos significativos que afetem a midia no país. Haverá também o desenvolvimento de uma estrutura nacional abrangente sobre segurança dos jornalistas entre o Estado e os atores da midia.

Para a presidente do Sinjotecs, a iniciativa  vai ajudar os profissionais da média a darem um salto qualitativo na produção de conteúdos de qualidade, feito que a sociedade espera dos órgãos e dos seus técnicos.

De acordo com Indira  Correia Baldé, haverá encontros de formação com as forças de defesa e segurança, sendo parceiros condenados a viverem juntos.

No seu entender, é  necessário que cada um conheça a sua área de intervenção, tendo aconselhado aos colegas a aproveitarem a oportunidade e que façam um jornalismo isento, em que o principio de contraditório seja sempre o primeiro passo para dar ao público informações de verdade observando a ética e deontologia profissional.

Fulgêncio Mendes Borges

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