Jornalistas da África Ocidental procuram estratégias para a comunicação económica

No quadro da implementação da nova estratégia de comunicação e gestão do conhecimento da Comissão Económica para a África (CEA), o Escritório Regional promoveu, entre 15 e 16 deste mês, uma sessão de trabalho com a Rede de Jornalistas Económicos da África Ocidental. O evento, que decorre em Lomé, capital do Togo, sob o tema: “realizações de 2021 e perspetivas para o ano 2022/2023”, visa traçar nova e melhor estratégia para disseminação e divulgação das intervenções da CEA, com vista a melhor atendimento das expetativas dos países membros.

Na sessão de abertura dos trabalhos, a diretora do Gabinete Regional da CEA, Ngoné Diop, explicou que a reunião insere-se no quadro da implementação da nova estratégia de comunicação e gestão do conhecimento da CEA na África Ocidental, que consiste na organização de diálogos políticos e conversação com principais parceiros para o seu melhor envolvimento.

Igualmente, adianta, parceiros, tais como decisores políticos e outros intervenientes no setor económico regional, tendo acrescentado que esta série de diálogos políticos e conversa com parceiros enquadra-se no âmbito da recomendação da 24ª reunião do Comité Intergovernamental, de Altos Funcionários e Peritos da África Ocidental, realizada em 2021 em Banjul, na perspetiva de promover atividades e resultados do gabinete regional.

Ngoné Diop disse ainda que o encontro de Lomé reveste-se de uma importância particular, porque, segundo ela, consiste em informar os membros da Rede de Jornalistas Económicos da África Ocidental sobre o trabalho do Escritório Regional, tendo em conta que os profissionais da imprensa são parceiros fundamentais no cumprimento do objetivo.

Apoiar para melhor servir

Não obstante, Ngoné Diop destacou a necessidade de apoiar jornalistas da África Ocidental para melhor alargar o leque de abordagens e estratégias para uma ampla divulgação dos produtos, ferramentas e resultados do escritório.

Disse que é um prazer para, enquanto diretora, reunir com jornalistas da África Ocidental para refletir, em conjunto, sobre o tema: “Conquistas do Escritório Sub-Regional da CEA em 2021 e perspetivas para o biéno 2022/2023”, assim como os próximos eventos emblemáticos da CEA, como a 54ª sessão da Comissão e a Conferência dos Ministros Africanos das Finanças, Planificação e Desenvolvimento Económico, agendada para o próximo mês de março sob o lema: “Recuperação do financiamento em África no contexto da Covid-19”.

Ela afirmou que, neste contexto marcado com desafios de combate ao desemprego jovem, a insegurança e a Covid-19, é urgente acelerar a implementação do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

“Como especialistas em mídia que vocês são, portanto, podem servir muito e bem de um canal de transmissão e divulgação dos trabalhos para que a CEA seja mais acessível e compreendida por todos, na perspetiva de em conjunto poder melhorar o atendimento das necessidades dos países membros”, manifestou a senegalesa.

Parceria responsável e dinâmica

A economista senegalesa disse ter acompanhado com satisfação o funcionamento de uma parceria responsável e dinâmica entre o Gabinete Regional da CEA e a Rede de Jornalistas Económicos da África Ocidental, graças a determinação e contribuição na promoção da sua intervenção, tornando a sua organização cada vez mais visível.

Por outro lado, realçou a necessidade dos países da sub-região começarem a contemplar nos respetivos orçamentos verbas para o financiamento de projetos e iniciativas juvenis, assim como criar centros de formação profissional qualificados e postos de emprego para a juventude, tendo em conta que a população jovem da sub-região ocupa mais de 60 por cento.

Outrossim, lamentou o atraso de certos países na ratificação do tratado sobre criação da Zona Africana de Livre Trocas Comerciais, assim como na elaboração dos respetivos planos nacionais estratégico.

Finalmente, reafirmou a disponibilidade da CEA em continuar a acompanhar e colaborar com a Rede de Jornalistas Económicos da África Ocidental para juntos poderem melhor atender às expectativas dos Estados da sub-região.

Seco Baldé Vieira, enviado especial

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