INE doa acervo documental à Biblioteca Pública Nacional

O Instituto Nacional de Estatística (INE) procedeu ontem, dia 9, à entrega de um acervo documental à Biblioteca Pública Nacional, através do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP), visando a sua “larga difusão para fins académicos e educativos”.

A ocasião serviu para o diretor-geral do INE explicar que os documentos retrataram diferentes períodos, cingindo-se essencialmente sobre os três recenseamentos efetuados no país (1978, 1991 e 2009) e distintas análises e temáticas. Roberto Vieira adiantou que todas as informações aí contidas já foram digitalizadas.

Aquele responsável garantiu que, doravante, o Instituto Nacional de Estatística passa, regularmente, a facultar e canalizar ao homólogo de Estudos e Pesquisas as cópias de todas as publicações que façam, assim que terminarem os inquéritos ou recenseamentos, para que possam estar à disposição do público.

O objetivo, segundo Vieira, é que as documentações tenham efeito multiplicador, permitindo à comunidade guineense ter a cultura de estatísticas que, na sua opinião, tem faltado muito à nossa sociedade.

Por outro lado, Roberto Vieira lembrou que, em termos estatísticos, a Guiné-Bissau integra grandes organizações, como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, bem a União Económica e Monetária Oeste Africana.

Por isso, declarou que todos os trabalhos publicados pelo INE inserem-se no quadro harmonizado, cumprindo rigorosamente, as metodologias e nomenclaturas, permitindo a comparabilidade entre os dados que o país dispõe e os doutros países congéneres.

O diretor-geral do INEP, na sua intervenção, agradeceu a iniciativa, que disse permitir “a produção de conhecimentos” à comunidade académica, o que é crucial para o desenvolvimento do país.

Samba Tenem Camará reconheceu que as informações agora recebidas faziam falta e vão servir-se de luz nas caminhadas académicas. Adiantou que o produto final do INE é a matéria-prima para as instituições de pesquisa.

No entanto, qualificou o ato de um “marco histórico” para a comunidade académica guineense, a quem prometeu fazer chegar as informações ora alcançadas.

Em curtas palavras, o diretor da Biblioteca Pública Nacional, Iaguba Djaló, anunciou estar em curso a implementação de um grande projeto, denominado “Salvaguarda e Preservação de Património Histórico e Documental da Guiné-Bissau”.

Enalteceu a importância dessa iniciativa, tendo afirmado que o país e a sua sociedade carecem de  preservação do património (arquivos, bibliotecas e museus) e o novo projeto está a atrair as instituições parceiras, nas quais entra o Instituto Nacional de Estatística.

Ibraima Sori Baldé

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