O diretor-geral da Inacep lamentou o estado “caótico, de total abandono, de desordem e onde não impera a lei” em que se encontra a instituição, que não tem estatutos, nem regulamentos, muito menos uma lei orgânica.
Em entrevista ao “Nô Pintcha”, Bamba Banjai disse que não há nenhum documento que possa demonstrar que a Imprensa Nacional é do Estado. Por isso, adiantou, a nova Direção procedeu à criação de uma comissão que trabalha na elaboração de tais documentos para poder ter uma base legal para o arranque.
Segundo ele, um dos seus objetivos é de relançar a Imprensa Nacional para estar à altura de concorrer com as congéneres da sub-região, mas para isso, precisa de estar bem equipada, já que tem recursos humanos de qualidade. “Pretendemos também criar uma nova dinâmica em termos de funcionamento da empresa, porque falta motivação aos trabalhadores, devido a dívidas e ausência de condições laborais”.
Na mesma ocasião, manifestou a sua indignação com o facto de 40 por cento dos cerca de 120 funcionários, se encontrar ausente do serviço, dando conta que a grande maioria está em Portugal, mas continua a receber salários. Neste sentido, avisou que a partir de maio, só irá pagar ordenados àqueles que trabalham, até porque já está a fazer diagnósticos para detetar os que estão a trabalhar.
Outro aspeto que preocupa o novo DG tem a ver com o “recrutamento e a efectivação direta” de trabalhadores a partir das sedes dos partidos políticos, sem passar pelo estágio, nem através de concurso público.
Sobre o assunto, disse que vai remeter a situação ao Ministério Público, na qualidade de advogado de Estado e detentor de ação penal, para verificar a sua legalidade.
Ibraima Sori Baldé