Idrissa Djaló pede “fim do ciclo de maldição” à Guiné-Bissau

O líder do Partido de Unidade Nacional pediu hoje ao povo que ponha fim ao “ciclo de maldição” a que os sucessivos governantes votaram à Guiné-Bissau.

Idrissa Djaló, que falava esta tarde num comício popular, realizado em Quebo, no quadro da inauguração da sua sede setorial, afirmou que há um grupo de pessoas que tem participado em diferentes governos e partidos, mas apenas mudam de cores (de bandeira) para enganar o povo, que eles consideram de “miseráveis”.

Sem citar nomes, o dirigente máximo do PUN acusou alguns políticos de roubarem do povo para comprar apartamentos na Europa e “construir palácios”. “Onde estão os deputados que vocês votaram no passado? Eles não aparecem aqui, porque não vos consideram e nunca sabem o vosso sofrimento”.

Idrissa Djaló declarou que, apesar de não zelar interesse para que a castanha de caju seja comprada, as atuais autoridades recolheram, em 2022, mais de 24 mil milhões de francos cfa, provenientes das receitas desse produto.

Pediu que lhe seja dado a oportunidade de chegar ao parlamento, onde garante servir exclusivamente aos interesses do povo, que disse ser único com capacidades de “corrigir a injustiça“ que lhe é feita, votando contra aqueles que governaram o país ao longo dos anos.

Na sua opinião, inicia-se uma grande caminhada em Quebo para o futuro da Guiné-Bissau. “O país que temos hoje não corresponde aos sacrifícios  e mortes dos combatentes da liberdade da pátria, durante a luta de libertação nacional. Todos almejavam um país próspero, mas os que trouxeram a independência semearam ódio e corrupção”, rematou.

O setor de Quebo, juntamente com Bedanda e Cacine, compõem o círculo eleitoral número 2, que elege quarto mandatos. Idrissa Djaló é cabeça de lista do PUN nessa zona.

Ibraima Sori Baldé  

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