Os guineenses beneficiam pouco do valor nutritivo dos seus produtos alimentícios, isto porque a grande parte vai para a vizinha República do Senegal em consequência da ausência de indústrias de transformação na Guiné-Bissau.
Ainda no mês de dezembro, o custo de uma laranja varia entre 75, 100 e 125 francos CFA, estando a ultrapassar o poder de compra de um cidadão comum/desempregado.
Nos tempos pouco recuados (há 5 anos), este produto era consumido até finais de fevereiro e meados de março, período em que habitualmente decorre a manifestação do Carnaval, e nessa festa cultural a laranja era principal fruta de consumo pelos grupos carnavalescos.
Essa alta de preço de laranja indica que o produto brevemente esgotará no mercado informal.
Para os produtores, pouco importa o destino dos seus produtos negociados, o mais importante para eles é ganhar dinheiro. Porém, na opinião dos economistas, o país perde muito, nomeadamente com a falta de aproveitamento dos produtos e na perda de emprego e, sobre o pouco consumo dos ricos produtos de que os nossos organismos tanto precisam.
Entretanto, informações dão conta que, no Sul do país, diariamente saem camiões carregados não só de laranja mas também de diversos produtos com destino para o Senegal.
Aliu Baldé