O Presidente da República afirmou que a Guiné-Bissau está hoje empenhada na realização concreta de objetivos endógenos, tais como a consolidação da paz e a criação de melhores condições de vida para a população, dando uma renovada esperança à sociedade guineense.
Umaro Sissoco Embaló, que falava nesta quarta-feira, dia 22 de setembro, na 76ª reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, reconheceu que, durante vários anos, o país recebeu apoios da comunidade internacional, em particular da ONU, CEDEAO, CPLP e a União Africana.
Em relação à pandemia da Covid-19, Sissoco Embaló é da opinião de que é preciso apoiar os mais vulneráveis, promover a criação de sistemas de saúde adequados e garantir a todos os países, sem distinção, um acesso rápido e equitativo às vacinas.
Eis, na íntegra, o discurso do Chefe de Estado.
Senhor Presidente,
Senhor Secretário Geral,
Senhores Chefes de Estado e de Governo,
Minhas Senhoras e Meus Senhores
Quero dirigir as nossas calorosas felicitações ao Ministro dos Negócios Estrangeiros das Ilhas Maldivas, Sr. Abdulla Shahide, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, bem como votos de sucessos.
Perante os desafios criados pela pandemia da COVID-19, o tema escolhido não poderia ser mais pertinente, pois só com renovada esperança poderemos construir a resiliência para enfrentar as dificuldades socioeconómicas e humanitárias causadas pela crise sanitária mundial e responder, de forma adequada e sustentável, aos atuais desafios.
Num mundo cada vez mais globalizado, a relevância da existência da Organização das Nações Unidas e de suas Agências, tornou-se de extrema importância.
Perante esta realidade, é urgente melhorar a eficiência da nossa Organização e adotar as necessárias reformas, em todos os seus órgãos, incluindo o Conselho de Segurança, com vista à revitalização do Sistema das Nações Unidas na sua globalidade.
Só assim poderemos trabalhar melhor na implementação da agenda 2030, destinada a promover o desenvolvimento humano em todos os seus aspetos, promovendo, muito em particular, a igualdade de género e o respeito pelos Direitos Humanos.
É preciso apoiar os mais vulneráveis, promover a criação de sistemas de saúde adequados e garantir a todos os países, sem distinção, um acesso rápido e equitativo às vacinas.
Senhor Presidente,
A Guiné-Bissau que, durante vários anos foi apoiada pela comunidade internacional, em particular pelas Nações Unidas, a CEDEAO, a CPLP e a União Africana, está hoje empenhada na realização concreta de objetivos endógenos, tais como a consolidação da paz no país e a criação de melhores condições de vida para a sua população, dando uma renovada esperança à sociedade guineense.
Neste contexto e com o fim do mandato da Missão das Nações Unidas (UNIOGBIS) no nosso país, no final do ano passado, quero aproveitar esta tribuna para agradecer ao Secretário-geral das Nações Unidas, Sr. António Guterres e a todos os amigos e parceiros da Guiné-Bissau pelo apoio que nos foi prestado e afirmar que hoje estamos a assumir, graças aos nossos próprios esforços, as principais responsabilidades inerentes a um Estado, garantindo a estabilidade política e o normal funcionamento das instituições do país.
Senhor Presidente,
A problemática das alterações climáticas é uma realidade irrefutável, que embora se faz sentir com mais frequência e impactos nos Países Insulares em Desenvolvimento (SIDS) de que a Guiné-Bissau faz parte, constituí um desafio permanente para todos e por isso o nosso país elaborou planos de Adaptação às Alterações Climáticas a médio e longo prazos e estendeu o Sistema Nacional das Áreas Protegidas terrestres e marinhas para mais de 26% do território nacional.
Antes de concluir, gostaria de reafirmar o engajamento do nosso país em trabalhar com os nossos parceiros de desenvolvimento e toda a comunidade internacional em geral, com vista a encontrarmos soluções inovadoras, inclusivas e viáveis, face aos atuais desafios da pandemia da COVID-19, convencido de que, juntos somos capazes de dar motivos de renovada esperança aos nossos respetivos povos e de construir um mundo mais solidário e fraterno.