A ministra do Interior e da Ordem Pública procedeu, no dia 28 de outubro, na presença da representante do PNUD, ao lançamento da pedra para a reabilitação da Esquadra de Polícia do Setor de Cacine, Região de Tombali.
As obras são financiadas pelo Fundo para a Construção da Paz do Programa das Nações Unidas par o Desenvolvimento (PNUD), num valor não revelado.
Na ocasião, Adiato Djaló Nandigna afirmou que a sua instituição é o departamento do Estado responsável pela garante da ordem pública e segurança interna da população, razão pela qual as suas estruturas devem estar à altura da sua responsabilidade.
A governante acrescentou que a sua missão é extensiva à vigilância do território nacional e suas fronteiras, controlando as movimentações de entrada e saída de cidadãos estrangeiros.
Por esta razão, Adiato Djaló apelou a população no sentido de colaborar com as autoridades, denunciando todo e qualquer comportamento apreensivo de estrangeiros.
Para a sua efetivação, Djaló Nandigna apelou mais uma vez à colaboração dos cidadãos, mostrando as pessoas que visitam a Guiné-Bissau de que este país tem regras, e lembrou que antigamente apenas um chefe da tabanca cuidava e controlava sozinho a sua área de jurisdição, mas hoje este valor está a desaparecer.
Soldados da pátria
“Todos os nacionais devem servir de soldado da pátria, ajudando as autoridades policiais no cumprimento da sua missão, procurando saber quem entra com quê quando sai o que leva consigo.
Aliás, conhecer quem é esta pessoa e prestar-lhe toda a segurança desde que ele não constitua um perigo ao país e à população”, aconselhou Adiato Nandigna.
Por outro lado, a governante afirmou que a primeira preocupação do Presidente da República e do Governo é a paz e tranquilidade, para que o programa de governação possa ser executado em todos seus eixos, razão pela qual “é imperativo agradecer ao PNUD pela assistência que tem prestado ao país, sobretudo no setor de defesa e segurança.
“Estamos, mais uma vez, perante uma inquestionável realidade de que não nos incumbe apenas a estabilização e fortalecimento de alicerce para o desenvolvimento e bem-estar social do nosso país, mas também na defesa da integridade do território nacional”, realçou.
Respeito à ética e deontologia profissional
Dirigindo-se ao PNUD, Djaló Nandigna prometeu trabalhar com a essa organização das Nações Unidas no processo de desenvolvimento da Guiné-Bissau como tem acontecido até aqui, e às autoridades policiais pediu o máximo respeito à ética e deontologia profissional, posicionando sempre ao lado da população, porque, segundo ela, servir os cidadãos é a razão da sua existência enquanto policiais.
Sublinhou que um policial é uma autoridade, mas, acima de tudo, é uma pessoa que aceitou assumir a farda, pelo que não deve ser o inimigo da sociedade e muito menos da população, aconselhando em caso de houver uma situação ou um diferendo na comunidade, e que se reaja com base no respeito aos seus direitos fundamentais, enquanto pessoa humana.
Por sua vez, a representante residente do PNUD explicou que a sua agência comprometeu-se com o governo para a reabilitação da Esquadra de Polícia de Cacine e construção da ponte de Suzana.
Em relação à esquadra de Cacine, Alessandra Casazza assegurou que os trabalhos são adjudicados a uma empresa nacional e terão a duração de quatro meses, isso significa que em março do próximo ano as obras serão concluídas.
Controlo e garantia de segurança
A diplomata italiana ao serviço das Nações Unidas explicou que o financiamento das obras da reabilitação da esquadra fronteiriça de Cacine pelo Fundo para a Construção da Paz, que é um fundo do Secretário-Geral das Nações Unidas.
Explicou que o financiamento dessa obra visa apoiar a Guiné-Bissau, enquanto Estado soberano, a controlar e garantir a segurança da sua população, assim como combater o crime organizado transnacional e tráfico de droga.
Por outro lado, afirmou que o sucesso de qualquer país não se limita apenas nos apoios que recebe dos parceiros, mas sim da vontade e determinação da sua população.
“A escolha de Cacine não foi feita pelo PNUD, mas sim pelo governo e hoje percebeu-se que afinal foi uma decisão bem acertada, porque é necessário fazer esta opção”, disse a representante do PNUD.
Finalmente, fez votos para que a referida esquadra seja útil para o desenvolvimento da segurança de Cacine.
Entretanto, a governadora da Região de Tombali, na sua breve intervenção, disse que a instalação de uma esquadra de polícia em Cacine é uma grande oportunidade para aquela comunidade, devido a sua importância na manutenção da ordem pública, segurança da população e dos seus bens.
Aminata Silá exortou à comunidade de Cacine a ser vigilante, advertindo que o setor é uma região fronteiriça e todo o cuido é pouco, tendo em conta a sua vulnerabilidade.
Importa destacar que o lançamento das obras da Esquadra de Cacine foi precedido, já no dia 27 de outubro, do encerramento de um curso de fortalecimento de capacidade destinado aos agentes de segurança, no domínio dos direitos humanos, género e combate à corrupção.
Seco Baldé Vieira