O Governo quer saber, “em detalhe, a natureza e os fins” das Organizações Não-Governamentais (ONG) que atuam no interior do país, afirmou ontem o ministro da Administração Territorial.
Fernando Dias, cujo ministério coordena as ações das autoridades políticas nas nove regiões e 37 setores que compõem a Guiné-Bissau, reuniu-se ontem, dia 31 de janeiro, com os governadores regionais e quadros do seu pelouro para lhes transmitir diretrizes para o novo ano.
Entre as novas orientações, o ministro pediu maior colaboração e coordenação dos administradores setoriais com os governadores e destes com os responsáveis de outras estruturas do Estado.
Fernando Dias exortou os governadores e os administradores a recolherem “toda a informação” sobre a natureza e os objetivos das ONG que atuam nas suas áreas de jurisdição.
“Há muitas ONG que operam, fazem relatórios para os seus parceiros, mas nunca dizem ao Governo local o que fazem”, observou o governante, propondo reuniões periódicas com as direções daquelas organizações e ainda um seguimento das suas atividades.
“É inaceitável que as ONG atuem sem o conhecimento do Estado. E se um dia se vier a descobrir que afinal a sua atuação vai contra os ideais do Estado da Guiné-Bissau, a responsabilidade é do governador”, alertou Fernando Dias.
O ministro sublinhou, no entanto, que as ONG “são parceiros importantes” do governo local e do próprio Estado da Guiné-Bissau.
Lusa