O Ministério da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Cientifica e a Equipa Técnica da Parceria Mundial realizam de 25 a 29 de março, um workshop, com o objetivo de implementar as reformas no sector do ensino.
A cerimónia de abertura foi presidida pelo secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação Cientifica, Gibrilo Djaló, que na ocasião agradeceu ao Banco Mundial e ao Unicef, por terem apoiado a Guiné-Bissau na implementações de vários projetos, tanto na área da educação, assim como nos outros domínios, visando ajudar o país no seu processo de desenvolvimento sustentável.
Aquele responsável afirmou que a educação é um direito fundamental que assiste a cada cidadão, “por isso, todos nós devemos tê-la como prioridade das prioridades e encará-la com uma certa responsabilidade”.
Lembrou que a educação tem apresentado muitas fragilidades, fato que não permitiu o melhoramento do sistema, tendo contribuído assim no seu retrocesso.
O secretário de Estado assegurou que o foco do Governo centra-se no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nomeadamente educação de qualidade, igualdade de género, inovação, rumo ao desenvolvimento inclusivo e aberto.
“A estabilização do sistema educativo depende de definição de uma política estruturada e a sua posterior operacionalização, com mecanismos e seguimentos de avaliações presentes e rigorosas” sustentou.
Por seu lado, a representante residente do Unicef e coordenadora interina do sistema das Nações Unidas no país, Etona Ekole, disse que a educação em todo mundo tem sido caraterizado, nos últimos anos, por baixos níveis de aprendizagem. “Segundo um relatório de estudos, a metade de crianças de dez anos de idade, nos países de rendimento baixo e médio, têm dificuldade de ler ou compreender uma história simples”.
Etona Ekole afirmou, por outro lado, que na África Subsariana esta realidade afeta nove em cada dez crianças. São constatações que levaram as Nações Unidas a mobilizar os Estados membros em 2022 a uma reflexão e tomada de ação, para uma transformação urgente da educação.
“Há uma necessidade de transformar a educação, aliás, esse assunto mereceu realce na Cimeira da União Africana, na qual, foi decidido que o ano 2024 é o Ano de Ação para a Educação”, precisou.
Disse que a Parceria Mundial para a Educação (PME) é um parceiro crucial para o sector educativo, e desde 2010, esta organização desembolsou mais de 23 milhões de dólares americanos para a Guiné-Bissau, incluindo os apoios aos projetos de Reforço Institucional e de Educação de Qualidade para Todos (PRIEQT), a serem implementados pelo Banco Mundial.
A representante realçou que o novo modelo operacional da Parceria Mundial para a Educação propõe parcerias reforçadas e um novo mecanismos de financiamento, para a promoção de uma abordagem sistémica e mais abrangente.
De igual modo, convidou as autoridades nacionais a priorizarem mudanças mais amplas que possam transformar o sistema educativo e melhorar a aprendizagem, de forma aceitável.
Por fim, a representante da Parceria Mundial para a Educação, Jennifer Hofnann, disse que a Guiné-Bissau, como membro do conselho, já beneficiou de vários financiamentos, no âmbito de um programa que terminará em julho de 2025.
Naiza Francisco Imbirim (estagiária)