Depois de várias tentativas falhadas, finalmente o Governo conseguiu repatriar, nesta terça-feira, 37 emigrantes que se encontravam na Líbia. À chegada, a bordo de um avião, fretado pela Organização Internacional da Migração (OIM), foram recebidos pela secretária de Estado das Comunidades.
Em declarações à imprensa, Maria Luísa Embaló disse estar satisfeita com o regresso desses concidadãos ao país, porque desde que tomou conhecimento da situação, não tem conseguido dormir, pensando em como fazer esse grupo regressar ao solo pátrio.
“Depois que tomei conhecimento, através das redes sociais, fiz questão de informar ao Chefe do Governo, logo de imediato entramos em contacto com a OIM, que prontamente respondeu à solicitação”, informou.
Por outro lado, Luísa Embaló disse que não pode culpar esses jovens por terem optado pela emigração clandestina, mas também não pode deixar de os aconselhar a evitar essa opção irregular.
“Não podemos culpar ninguém por esta situação, porque se o Estado tinha criada condições para os jovens, hoje não teríamos emigrantes ilegais. De facto não há uma única pessoa que deseja deixar seu país de livre vontade”, lamentou.
No entanto, a secretária de Estado das Comunidades afiançou que se estatuto de emigrante for aprovado pelo Governo, certamente ficará resolvida definitivamente esse problema, tendo revelado a intenção do executivo em tudo fazer para a criação de escolas técnicas e profissionais, no sentido de reduzir a emigração irregular.
Maria Luísa Embaló lembrou que o país já perdeu muito dos seus filhos nesse tipo de emigração, por isso, vai trabalhar na melhoria de condições de vida da população, para evitar tantas tragedias, tal como tem acontecido.
Por sua vez, o porta-voz dos emigrantes, Ussumane Baldé, disse que foi com muita alegria que regressaram ao país. Porém, pediu ao executivo para evidenciar esforços, no sentido de regularizar a situação dos seus colegas que ainda estão na Líbia.
“A conjuntura que deixei naquele país não é nada bom, os nossos concidadãos estão a atravessar uma situação bastante delicada, o que requer a intervenção urgente das autoridades nacionais para salvar vidas”, exortou.
Alfredo Saminanco