O ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades afirmou que a Guiné-Bissau tem estado a reforçar a cooperação no componente económico, assim como prestar todo o apoio em termos consolar e jurídico aos guineenses na diáspora, sob a orientação do Chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.
Carlos Pinto Pereira fez essas declarações nesta quarta-feira, 13 de março, quando procedia ao balanço sobre as realizações do país a nível da política externa.
O governante sublinhou que o executivo não quer que nenhum guineense esteja em situação de dificuldade por falta de documentos de identificação, nomeadamente passaporte.
“Hoje, estamos praticamente a reforçar a capacidade das embaixadas, incluindo alguns consolados honorários, para que qualquer cidadão que esteja em situação de dificuldade, possa regularizar a sua documentação, através da emissão de passaporte”, disse o ministro.
Lembrou que nalguns países tem ocorrido situações desagradáveis, onde cidadãos guineenses são repatriados por falta de documentação, e esse é um dos problemas que serão evitados, criando condições para que no futuro isso não volte acontecer.
Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse que no plano político, aquilo que tem sido a preocupação central da política guineense, como o que se passa na sub-região, nomeadamente alguns países da CEDEAO que enfrentam problemas “graves”, resultantes da alteração da ordem constitucional, nomeadamente Mali, Níger, Burquina Faso, Guiné-Conacri, entre outros.
No entanto, Carlos Pinto Pereira anunciou que, neste momento, a Guiné-Bissau está a preparar para a presidência, no próximo ano, da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), substituindo São Tomé e Príncipe.
O governante prometeu que a Guiné-Bissau vai fazer tudo que estiver ao seu alcance para que o país consiga sucessos. “É por isso que estamos a trabalhar antecipadamente para que tenhamos uma presidência que nos honre com resultados positivos”.
O ministro falou, igualmente, das preocupações dos guineenses sobre o agendamento na Embaixada de Portugal, para obtenção de vistos, situação que lamentou bastante.
“Fala-se muito de pagamentos exorbitantes e indevidos para obtenção de agendamento e acesso aos processos de visto, isso é grave”, considerou Carlos Pinto Pereira.
Fulgêncio Mendes Borges