O Governo, através da Secretaria de Estado da Cultura, procedeu ontem, à entrega de novos instrumentos musicais e trajes ao agrupamento teatral Ballet Nacional “Esta é a Nossa Pátria Amada”, orçado em seis milhões de francos cfa. O objetivo visa revitalizar o histórico grupo cultural que muitas alegrias deu ao povo guineense.
Esse momento representa grande importância na execução do programa que a Secretária de Estado da Cultura estabeleceu. Desde a sua chegada àquela instituição, a atual equipa dedicou uma atenção especial a esse grupo, tendo em conta aquilo que o Ballet Nacional representa para a cultura nacional.
Segundo o secretário de Estado da Cultura, Francelino Cunha, não é por acaso que é Ballet Nacional, porque é um grupo teatral que pratica danças e canções de todas as etnias do país, apelidava-o de Embaixador da Cultura guineense. É mais antigo, criado desde a independência e já representou a Guiné-Bissau em muitos eventos quer dentro e fora.
Por outro lado, esse grupo teatral desde os prelúdios da independência atuou nos palcos internacionais, e “nós não podemos deixar aquilo que consideramos um dos maiores patrimónios culturais cair no esquecimento”.
É verdade que ao longo dos 48 anos da independência, Ballet sofreu altos e baixos, houve momento que teve atenção máxima do Estado, como no tempo do Presidente Luís Cabral. Passando esse tempo, começou a ficar cada vez mais no segundo plano.
Aquele governante explicou que nas prioridades definidas na governação é dar atenção especial a esse grupo. Pelo que assistimos desde criança as atuações do Ballet Nacional, disse, conhecemos a sua importância muito, por isso apostamos na revitalização desse grupo.
Garantiu que Ballet Nacional, como sempre, passará a ser ele a receber os chefes de Estado, diretamente na pista do aeroporto, quando chegam e acompanham até na despedida. Por isso, envidarmos esforços e conseguimos o dinheiro, num montante de seis milhões de francos para comprar novos instrumentos musicais e trajes que há 20 anos não foram renovados.
Francelino Cunha referiu que por falta de equipamentos e trajes tradicionais, o Ballet deixou de executar danças e canções de várias etnias, mas está hoje mais de que nunca reequipado, porque quando a Secretaria de Estado da Cultura tomou o conhecimento que o grupo emprestava instrumentos musicais, para representar a nossa bandeira e, se quem dá emprestado não der, o grupo não atua na receção aos chefes de Estado, é complicado, “daí resolvemos pôr fim esta situação, comprando novos equipamentos”.
O diretor técnico do Ballet Nacional, Albino Djata, afirmou que este grupo teatral não renovou seus equipamentos de trabalho há 21 anos, por falta de apoio do Estado, mas graças ao empenho da Secretaria do Estado da Cultura voltará a erguer-se.
Aquele responsável lembrou que foi em 2001 que o grupo recebeu da União Europeia um par de equipamentos. “Faltava a Ballet Nacional um balão de oxigénio para respirar, mas graças a esse gigantesco apoio do Governo os guineenses podem voltar a saborear a atuação desse grupo”.
Adelina Pereira de Barros