O Governo procedeu, hoje, ao encerramento do ano letivo de 2020/2021 e abriu oficialmente o de 2021/2022 sob o lema: “estabilizar sistema educativo, assegurar regresso às aulas com segurança e sem coronavírus”.
O ato de abertura foi presidido pelo Primeiro-ministro que, na ocasião, disse acreditar que para enfrentar os desafios que nos impõe, todas as estruturas educativas estão empenhadas na criação de condições sanitárias e operacionais para o sucesso de todos.
Para Nuno Gomes Nabiam, esse empenho coletivo ajudou a mitigar, duma certa forma, os impactos da Covid-19 no setor da educação, apontando o exemplo da parceria com o PAM, o qual foi dado um novo impulso na implementação do programa multidimensional a favor das crianças.
Segundo o chefe do executivo, um dos pontos desse programa carateriza-se pela interligação entre agricultura familiar e a Cantina Escolar, tendo beneficiado em 2021, cerca de 180 mil crianças de 874 escolas, em todas as regiões da Guiné-Bissau. Igualmente, com o apoio financeiro do Governo do Japão, foram adquiridos, cerca de mil toneladas de tubérculos, 829 toneladas de arroz e 248 toneladas de feijão.
Nabiam referiu-se também à parceria com o Unicef, através do Ministério da Educação Nacional, que se tornou mais evidente com o surgimento da pandemia, pois aquele organismo das Nações Unidas apoiou a mobilização de fundos para a formação de cerca três mil professores na área da água, saneamento e higiene no contexto escolar.
Lembrou que, adicionalmente, o Governo num “esforço financeiro extremo” efetuou o pagamento de todos os salários e outros itens, totalizando um fluxo de cerca dois biliões de francos cfa.
Afirmou que ainda neste mês, o executivo desembolsou cerca 500 milhões de francos cfa para liquidar dívidas de carga horária dos professores.
O Primeiro-ministro apelou a todos os intervenientes no setor a conjugarem para encontrar soluções aos problemas, tendo manifestado a total abertura para “um diálogo franco, dinâmico e construtivo” com os parceiros sociais, visando ter uma educação de qualidade para a nossa geração.
O ministro da Educação, Cirilo Mamassaliu Djaló, referiu que o ano letivo findo foi concluído com muitas dificuldades e sacrifícios, e faz votos que para que a nova época conheça menos sobressaltos e se consiga tirar as devidas ilações de tudo quanto se atravessou durante esses dois últimos anos, particularmente, no que concerne às prolongadas paralisações de aulas.
Adelina Pereira de Barros