O diretor-geral da Empresa “Ocean Fishing Bissau SARL”, que opera no setor das pescas, aconselhou ao Governo, através do Ministério das Pescas e Economia Marítima, no sentido de criar condições de conservação do pescado e uma frota nacional, para estancar as descarregas e vendas de pescado no Senegal.
Houssam Koumayha falava à imprensa no âmbito da visita, na semana passada, do ministro das Pescas, Dionísio do Reino Pereira, às diferentes unidades sob sua tutela, tendo posteriormente reunido com a Associação Nacional da Pesca Industrial (ANPI), onde foi debruçado sobre a necessitam de redução do preço do pescado no mercado nacional.
Koumayha afirmou que a empresa Ocean Fishing Bissau Sarl é única que descarga e vende o pescado no país, tendo prometido que vai continuar com essa filosofia, cumprindo todos requisitos exigido pelo Estado em relação ao setor das pescas.
Aquele responsável disse que os operadores do setor pesqueiro estão dispostos a colaborar com Ministério das Pescas e Economia Marítima, no sentido de abastecer o mercado com pescado.
No entanto, referiu o custo elevado dos impostos exigidos e outras despesas inerentes, nomeadamente o gasóleo, luz elétrica, o processo de descarga do pescado no Porto de Bissau, manutenção dos equipamentos, salários dos pescadores, a importação de embalagens, entre outros.
No que toca ao descarregamento do pescado no Porto de Bissau, Houssam Koumayha explicou o navio leva dois a três dias para certificar o pescado no Laboratório Nacional de Controlo de Qualidade, através do Centro de Investigação Pesqueira Aplicada (CIPA). Acresce a esses condicionalismos, o tempo que se perde na aquisição de combustíveis para abastecer o navio.
“Em relação a esse último, Senegal tem vantagem comparativa, por isso, os agenciadores descarregam o seu pescado nesse país vizinho. Aquele empresário lembrou do pedido feito pelos operadores ao ministro das Pescas, no sentido de ajudar a ultrapassar as dificuldades que enfrentam, criando um ambiente de negócio favorável para ambas as partes.
A finalizar, Houssam Koumayha lamentou o facto de, às vezes, as mulheres vendedeiras deslocarem-se a Dakar, no Senegal, para importar o “nosso próprio pescado”, fazendo grandes despesas em transporte, além do despacho.
Fulgêncio Mendes Borges