As forças de ordem cercaram esta manhã o recinto das instalações da sede do parlamento em Bissau para impedir a realização da sessão parlamentar, convocada pelo presidente desse órgão, Domingos Simões Pereira, para hoje, 13 do corrente mês.
O corpo policial instalado no local impediu a entrada dos deputados da bancada PAI-Terra Ranka que se deslocaram ao hemiciclo para participar na sessão.
Quando chegaram a entrada, foram interpelados pela força da ordem onde explicaram que queriam entrar na sede mas foram informados que não podiam aceder o interior do hemiciclo por ordem superior.
Inicialmente, a conversa entre deputados e forças da ordem no local foi amigável, mas de repente instalou-se a confusão, na sequência do qual foi detido um dos seguranças do presidente da ANP.
Os polícias começaram a lançar gás lacrimogéneo, dispersando assim os deputados que estava a escassos metros do hemiciclo assim como das pessoas curiosas que estavam a acompanhar a situação.
Certo é que o líder do Parlamento não tinha chegado ao local na altura dessa confusão e que, segundo informações, também a residência de Domingos Simões Pereira estava cercada por forças da ordem.
O líder do parlamento convocou a retoma dos trabalhos da sessão parlamentar essa quarta-feira, 13 do corrente mês interrompida pela dissolução da ANP pelo Presidente da República no passado dia 4 de dezembro, na sequência de alegada tentativa do golpe de Estado, que resultou em confrontos entre as forças do Brigada de Intervenção e Reserva, da Guarda NAcional, e de exército, nos dias 30 de novembro e 1 de dezembro.
A intenção da realização dessa sessão, segundo observadores atentos, seria um claro desafio ao Decreto Presidencial que dissolveu o parlamento. Mas, certo é que está impedido pelas forças da ordem enviadas à sede da ANP.
Importante salientar que os deputados das bancadas de Madem-G15, PRS, PTG e APU-PDGB não compareceram no local.
Recorde-se que no dia 12 do corrente mês, o chefe de Estado reafirmou durante o empossamento do novo Primeiro-ministro reconduzido que, o Parlamento está dissolvido, pelo que o novo chefe de Executivo só deve obediência a ele enquanto PR.
Disse que o novo governo é da iniciativa presidencial e deve responder e prestar conta só a ele. Deixou claro que a Comissão Permanente da ANP é o único órgão do parlamento em ativo.
Djuldé Djaló