FAO oferece sementes agrícolas

O Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) no país entregou no passado dia 17 de junho ao Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, mais de 104 toneladas de sementes agrícolas, no quadro da mitigação dos impactos negativos da pandemia do covid-19, que visa apoiar os agricultores vulneráveis das regiões, a fim de contribuir para a atual campanha agrícola deste ano.

Trata-se de um donativo de 32,5 toneladas de sementes de arroz de bolanha de água doce, 32 de arroz de água salgada, 20 de milho, 9,65 de sorgo, 5 toneladas de painço (milho miúdo) e 5 de amendoim.

De acordo com a FAO, estas sementes são essencialmente cultivadas por agrupamentos de produtores de sementes do país, especialmente os que foram criados com o apoio de vários projetos anteriores à FAO e outros parceiros que trabalham para o desenvolvimento agrícola.

Asseguram, ainda, que este donativo foi possível através da reorientação do projeto de Cooperação Sul-Sul Guiné-Bissau-Marrocos-FAO, para responder rapidamente à situação dos produtores confrontados com restrições e encerramento de fronteiras em quase todos os países do mundo e que não permitiu que a comercialização normal da campanha de caju, a sua principal fonte de rendimento familiar.

Disse ainda que este apoio foi concedido pelo ministro da Agricultura, Pescas Marítimas, Desenvolvimento Rural, Água e Florestas de Marrocos, para atenuar a má campanha agrícola deste ano.

No ato da entrega deste donativo das autoridades marroquinas e que foi implementado no país pela FAO, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural assegurou que isso vai ajudar o setor agrícola a fazer face à escassez alimentar, apoiando os agricultores para que tenham mais e maior capacidade produtiva.

Abel da Silva Gomes aproveitou a ocasião para afirmar que o Governo deve ser capaz de dignificar os seus quadros, sobretudo na área dos agrónomos, cujos engenheiros recebem um salário de 74 mil francos CFA.

No entender do titular da pasta da Agricultura, se os guineenses trabalharem seriamente nessa área, não haverá mais necessidade de o país continuar a importar o arroz, porque tem potencialidades para o fazer.

“Mas para isso é preciso que tanto o Executivo como os agricultores se empenhem numa agricultura intensiva e irrigada, não depender apenas da época das chuvas.

Por seu turno, o representante assistente do programa desta organização das Nações Unidas no país afirmou que todos os parceiros, em estreita colaboração com os Estados membros, estão empenhados nos esforços globais para enfrentar os impactos socioeconómicos negativos do novo coronavírus, particularmente no âmbito da iniciativa “Mão na Mão”, lançada recentemente pelo diretor-geral da FAO, Qu Dongyu. 

Este funcionário afirmou que a ocorrência desta doença vem prevenir a população, em geral, sobre dois aspetos fundamentais: a importância do investimento agrícola e a necessidade de cada país trabalhar com vista a alcançar a tão almejada soberania alimentar.

Reis aproveitou a ocasião para agradecer a cooperação Sul-Sul, particularmente ao Reino de Marrocos que financiou a aquisição das sementes.

Por: Fulgêncio Mendes Borges

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