Protelada para 8 de agosto
A realização da eleição na Federação de Futebol de Futebol da Guiné-Bissau para a escolha de um novo presidente, que estava prevista para o passado dia 25 deste mês, foi adiada para 8 de agosto.
O adiamento tem a ver, segundo a Comissão Eleitoral, com a decisão do Alto Comissariado para a Covid-19, que visitou o local e concluiu que a sala de reuniões da federação não tem condições para albergar 60 delegados, respeitando ao mesmo tempo o distanciamento físico de um metro entre os participantes, no âmbito da prevenção da Covid-19.
O presidente da Comissão Eleitoral, Lino Lopes, disse que o adiamento das eleições ficou a dever-se à falta de condições sanitárias do espaço onde iria decorrer o pleito eleitoral, por decisão da estrutura criada para a prevenção e tratamento de casos da covid-19.
“Confirmo o adiamento do ato eleitoral para o dia 8 de agosto, em local a designar posteriormente. Porém, há pessoas que tentam ligar este protelamento da data com a notícia de alegada suspensão de Manelinho decretada pela FIFA que, no entanto, ainda não recebemos essa informação de forma oficiosa”, disse Lino Lopes.
Bacar Camará é uma das pessoas ligadas à candidatura de Manelinho. Em declarações aos jornalistas, disse que o candidato para a sua própria sucessão está “preparadíssimo” para concorrer a estas eleições e vencer com mais 90 por cento dos votos.
Questionado a falar da suspensão do seu candidato ao cargo por 10 anos, situação que poderá deixar-lhe fora da corrida à presidência da FFGB, Camará afirmou que a Federação de Futebol da Guiné-Bissau ainda não recebeu de forma oficial a notificação da FIFA sobre tal informação.
Bacar Camará congratulou-se com a decisão de adiamento do pleito por se tratar da prevenção e proteção da saúde pública. “Fomos notificados à última hora pela comissão eleitoral de que o salão da sede da federação não reúne condições em termos de dimensão para albergar todos os delegados, respeitando ao mesmo tempo as regras preventivas de distanciamento físico”, declarou.
Para Sadjo Seide, porta-voz dos cinco candidatos que assinaram o memorando de entendimento para defrontar a candidatura de Manelinho, disse que se houvesse boa-fé as eleições seriam realizadas na data prevista (25 de julho).
“Entrámos com vários requerimentos junto da comissão eleitoral e do Secretariado-Geral da federação, chamando a atenção de que o espaço físico do salão não tem condições para albergar o número de delegados previstos para esta assembleia-geral e essa chamada de atenção veio a ser confirmada pelas autoridades sanitárias”, lembrou.
Sadjo Seide invocou os estatutos da federação afirmando que ninguém pode apresentar nova candidatura para estas eleições pois, no seu entender, havia um tempo limite para esse efeito.
Na opinião do porta-voz do coletivo dos cinco candidatos, Manuel Irénio Nascimento Lopes está impedido de concorrer a estas eleições por ter sido suspenso do cargo pela FIFA durante 10 anos, assim como Carlos Alberto Teixeira (Caíto) que declarou a sua desistência a favor de Manelinho.
Sadjo Seide advertiu para a possibilidade de organizar uma eleição à parte caso nomes de Manelinho e Caíto constarem como candidatos e, posteriormente, comunicar a FIFA por ser ela a única entidade com poder e legitimidade de reconhecer o presidente da federação de futebol de um país.
Texto e fotos: Aliu Baldé