O Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), general Biaguê Na N´tan, afirmou que a partir de hoje, 6 de dezembro, as forças armadas passam a assumir o comando da Guarda Nacional, para a sua reorganização, tal como está plasmado na lei e espírito da sua criação.
Biaguê Na N´tan fez essa advertência no ato da apresentação aos órgãos da comunicação social, de cerca de 200 armas automáticas de vários calibres, conjugados com as suas respetivas munições, com destaque aos abuses de TPG-7, roquetes, granadas e um suporte de descarga ponto-50, utilizados pelo grupo da Brigada de Intervenção e Reserva (BIR), contra os militares que tentavam resgatar o ministro das Finanças, que se encontrava detido numa das celas da Policia Judiciária (PJ), a mando do Ministério Público, junto daquela corporação da Guarda Nacional afeta ao Ministério do Interior.
Na sua comunicação, Biaguê Na N´tan acusou os políticos de fazerem nomeações desnecessárias dos comandantes para essa corporação.
No entender do general, em qualquer parte do mundo, principalmente em Portugal, a Guarda Nacional está sob alçada do EMGFA e não do Ministério de Interior. “A partir de hoje, vamos assumir o comando da Guarda Nacional, para ser reorganizada como estipulado na lei da criação”.
De acordo com Na N´tan, o EMGFA não vai permitir desordem no país, principalmente na defesa e segurança. “Mas porquê é que cada vez que o país começa a caminhar para o desenvolvimento, aparece um grupo de bandidos a pôr em causa todos os trabalhos realizados, para esse desenvolvimento”, questionou.
O general Biaguê Nan Tan afirmou que as armas de guerra aprendidas deveriam ser usadas pelo grupo da Guarda Nacional que estaria, alegadamente, a preparar um golpe de Estado, comandado pelo coronel Vítor Tchongo, seria apoderar-se de alguns aquartelamentos, libertar os presos detidos em ligação com uma outra tentativa de golpe de Estado, no dia 1 de fevereiro do ano passado.
“A partir de hoje, tolerância zero! O Estado-Maior General das Forças Armadas não vai permitir qualquer indivíduo de levantar armas para pôr em causa o bom nome do país e do povo da Guiné-Bissau”.
De salientar que nesse momento a Guarda Nacional está a ser comandada pelos coronéis Orlando Pungana e José Pedro, tendo recebido ordens do Estado-Maior General das Forças Armadas para, em colaboração com a Polícia Militar, iniciar operações de busca e apreensão de armas a nível nacional.
Fulgêncio Mendes Borges