Estádio 24 de Setembro regista ambiente suave de festejos

 O ambiente vivido no Estádio Nacional 24 de Setembro, no quadro das comemorações dos 48 anos da independência e do 57º aniversário das Forças Armadas, foi relativamente suave, em comparação com o do ano passado.

As bancadas estavam muito bem compostas, mas não cheias. Aliás, as mesmas viriam a estar mais lotadas com o anúncio da abertura das portas a todo o público, que ainda se encontrava no exterior do campo. Uma orientação do ministro do Estado e do Interior, Botche Candé.

Mesmo na área reservada aos convidados (partidos políticos, deputados, sociedade civil e outros), verificavam-se muitas cadeiras vazias.

Na Bancada B, tudo estava bem organizado. A ordem de sentar estava em função das cores que cada um usava, as quais deveriam corresponder às cores das cadeiras ai colocadas: amarela, vermelha e verde. Como se sabe, cadeiras novas foram postas nas bancadas do Estádio Nacional, em virtude das exigências impostas pela FIFA, sob pena de a arena não receber jogos internacionais.

Dois chefes de Estado (Macky Sall, do Senegal, e George Weah, da Libéria), o Primeiro-ministro de transição da República da Guiné, Mohamed Béavogui, assim como os ministros da Defesa de Gana (Dominic Nitiwul), Mauritânia (Kaba Mohamed Alioua) e Gâmbia (Sheikh Omar Faye), marcaram presença na cerimónia.

Portugal foi representado pelo Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Antó​nio Silva Ribeiro. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa também marcou a presença, através do seu secretário executivo, Zacarias da Costa.  

Os ilustres hóspedes assistiram à animação cultural, com a música moderna guineense, este ano reservado apenas ao agrupamento “N’Gumbé na Lála”. Atuou num palco gigantesco, montado exclusivamente para esses festejos. Os grupos tradicionais estavam nas bancadas e não subiram ao palco. Os kankurans também responderam ‘presente’, longe de muitos olhares.

Os antigos presidente da República, nomeadamente José Mário Vaz e Raimundo Pereira, juntaram-se ao público nas comemorações das duas efemérides.

Quando o Chefe de Estado desceu, por volta das 11H45, para passar a Guarda de Honra, numa viatura, a cumprimentar o público espetador, foi um delírio nas bancadas. Umaro Sissoco Embaló, vestido de uniforme militar, saudou um a um, todos os blocos militares e paramilitares presentes na parada. Estes, por sua vez, respondiam em voz alta “bom dia! Bom dia, Comandante Supremo!”. De seguida, o Presidente dava continência, como mandam as regras.

Todo o mundo estava de pé. O PR deu uma volta completa ao estádio e cumprimentou a todos, sempre acompanhado aos sons da Banda Musical das Forças Armadas. Isso momentos antes de começar a tocar o Hino Nacional.

Entretanto, um drone lançado e circulou um pouco por todos os cantos da maior arena desportiva do país, para filmar ao pormenor os acontecimentos de momento.

Por volta das 11H55, deu-se o início à cerimónia oficial das celebrações das datas de independência nacional e das Forças Armadas.

O discurso de cerca de 10 minutos do Presidente Umaro Sissoco Embaló, foi a única intervenção que marcou o evento.

Outra parte que animou e muito aos presentes foi o desfile das forças militares paramilitares. Uma apresentação simbólica de todos os ramos. A parta mais alta desse cortejo foi deixado para último. A Escolta Presidencial mostrou habilidades a brincar com motos. Assistiu-se a manobras perigosas com as motorizadas daquele grupo, que incluía uma mulher. Este momento foi a parte mais aplaudida entre todas as apresentações.       

Refira-se que todos os festejos no Estádio Nacional 24 de Setembro foram transmitidos em direto pela Televisão da Guiné-Bissau (TGB), em estrita colaboração técnica com a Rádio e Televisão do Senegal (RTS).

Texto: Ibraima Sori Baldé

Foto: Aliu Baldé

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