O Ministério da Educação e o Unicef visitaram a Escola do Ensino Básico Unificado 22 de Novembro, com propósito de constar in loco o cumprimento de medidas de prevenção e combate ao coronavírus, depois de levantamento da suspensão de aulas no Setor Autónomo de Bissau e Região de Biombo.
Após a visita desse estabelecimento do ensino, o ministro da Educação Nacional, Arsénio Djibril Baldé, disse que ficou satisfeito com aquilo que viu, apesar de faltar muita coisa por fazer, mas de ponto de vista de higiene tudo está em conformidade.
Contente com a situação, o governante asseverou que se todas as escolas conseguirem atingir o nível de organização que aquela escola tem, estarão em condições de funcionar em plenitude e lutar contra essa pandemia, que já ceifou milhares de vidas humanas em todo o mundo.
Arsénio Baldé prometeu visitar mais escolas tanto em Bissau como no interior do país, para averiguar se realmente estão reunidas as condições para funcionar normalmente, e ter a mínima ideia da situação das escolas em todo o território nacional.
Questionado sobre greve no setor educativo, o ministro esclareceu que não há greve declarada por organizações de sindicatos ligados à educação. O que está a decorrer nesse momento é a greve decretada pela UNTG, então como alguns sindicatos são filiais dessa central sindical decidiram aderir pura e simplesmente nessa reivindicação.
“Nós e os responsáveis de sindicatos temos uma boa relação e sempre mantemos diálogo franco e aberto, porque entendemos que é o único caminho para ultrapassar os problemas no setor. Nesse momento já foram atendidos quase 99% dos problemas da classe”, esclareceu.
Em relação à carrega horária, o governante garantiu que todos os professores que trabalharam com a mesma vão ser pagos, mas importa informar que o executivo está a tomar as providências necessárias para revogar o decreto que instituiu essa carrega.
Por sua vez, a representante do Unicef, Nadine Perraut, felicitou o Governo pela iniciativa de reabrir escolas porque, a educação não só ajuda as crianças compreender muitas coisas, mas também contribui na formação desses meninos que serão homens de amanhã.
Segundo a representante, o desafio agora não é só do Ministério da Educação mas dos pais e encarregados, da sociedade e dos parceiros que intervém no setor, porque “todos devem ajudar na sensibilização sobre o cumprimento das medidas de prevenção para que as escolas não voltem a encerrar. O acesso a educação é um direito e esse direito tem que ser garantida”.
Finalmente, a diretora de Escola 22 de Novembro disse que a sua direção, em colaboração com o Ministério e Unicef, conseguiram cumprir todas as orientações das autoridades sanitárias, principalmente do Alto Comissariado para Covid-19.
De salientar que na escola têm três baldes de água com lixívia, um logo na entrada, outro no meio e último na varanda, para a prevenção, porque, às vezes, alguém ao entrar pode não dar conta, mas com o dispositivo montado é difícil passar todos sem dar conta.
Alfredo Saminanco