A funcionária da Administração dos Portos da Guiné-Bissau (APGB), Elisa Tavares Pinto, reagiu à última Assembleia-Geral do clube de futebol, Portos de Bissau, aonde tentou concorrer, mas segundo ela, acabou por ficar fora da corrida à presidência da equipa devido a uma alegada falta de transparência do processo.
Tavares Pinto acusou a Mesa da Assembleia de usar indevidamente o seu nome por ter sido considerada concorrente e votante no processo da eleição. “Não fui concorrente e tanto eu como o meu mandatário não estivemos presentes no ato de votação, contrariamente às informações postas a circular”.
A funcionária da APGB disse que ela foi a única candidata até ao último dia de admissão de candidaturas e esperava ver a fixação da lista dos concorrentes numa segunda-feira, o que não aconteceu. “O escrutínio teria lugar na sexta-feira, mas estranhamente, na quinta-feira fomos comunicados que aparecem mais duas candidaturas”.
“De facto queria candidatar-me à eleição do cargo de presidente do clube dos Portos de Bissau e tentar assim ser uma das poucas mulheres na liderança de um clube de futebol, mas registámos grandes irregularidades que até considero de fraude e complôt contra a minha candidatura”.
Elisa Pinto culpou à Mesa da Assembleia Geral do clube, acusando-a de não ter feito o seu trabalho como deveria e, por outro lado, afirmou que a Federação de Futebol da Guiné-Bissau também tem a sua quota responsabilidade no ocorrido pelo facto de não acompanhar de perto o evento enquanto entidade gestora do futebol nacional.
Elisa Pinto disse que não há condições para ela fazer parte da direção do presidente eleito, mas entretanto, vai continuar estar ligada ao futebol por ser uma modalidade que tanto ama.
Questionada se vai recorrer judicialmente ao processo, Elisa Pinto disse que ela é defensora da paz, estabilidade e tranquilidade, por isso, descarta essa possibilidade.
De salientar que neste processo eleitoral da direção do clube dos Portos de Bissau, Braima Fadéra foi o proclamado vencedor da presidência do clube para um mandato de quatro anos, com 280 votos contra os 28 de Elisa Tavares Pinto.
Aliu Baldé