O país comemora hoje o dia da liberdade contra o jugo colonial português. Há 47 anos, nas lalas de Boé (entenda-se várzea em português) nascia um país livre e independente cuja proclamação unilateral da sua independência foi feita pelo então presidente da Assembleia Nacional Popular, João Bernardo Vieira, Nino.
Volvidos aproximadamente cinco décadas, o país parece uma loja de porcelanas onde entraram elefantes e destruíram tudo. Hoje tudo está diferente, para pior. O país regrediu em todos os setores: social, económico, político e cultural.
A Guiné-Bissau bateu no fundo do poço em virtude do desinvestimento em que caiu. Todavia, a ambição desmedida, incompetência, corrupção generalizada, administração atrelada ao fenómeno clientelismo partidário e nepotismo arruinaram o país que ficou parado no tempo e no espaço.
A presença do Estado deixou de ser sentida em zonas remotas, onde colunas de campanhas eleitorais destribuem objetos de pouco valor como camisolas, chapéus e cartazes em época de escrutínio eleitoral.
Nos dias de hoje tudo é prioritário, mas a infrastruturação do país, construção e reabilitação de estradas, lidera as queixas das populações de norte a sul.
As rodovias do país, na sua generalidade, são constituídas atualmente por buracos, valetas e lombas, aliás, localidades que contribuem para dar cabo das viaturas de trasporte comum de passageiros e cargas, também elas em estado avançado de degradação.
As estradas do país, urbanas e interurbanas, encontram-se num estado lastimável, profundamente degradadas e, em alguns sítios, não se vê um único vestígio de alcatrão deixado pelo colonialista português há mais de meio século.
Consolidar a unidade nacional e resgatar os valores de luta de libertação nacional para o desenvolvimento e progresso é o lema que ampara as comemorações do dia em que o nosso país assumiu o seu destino e com direito a um assento no concerto das nações.
O jornal “Nô Pintcha”, à semelhança dos órgãos de comunicação públicos, faz parte da subcomissão de informação encarregada de veicular informação positiva sobre a efeméride, quer online quer em versão papel a partir do dia 21, segunda-feira.
Entretanto, dada a influência notável do Chefe de Estado no concerto das nações, o país vai neste ano celebrar a efeméride com pompa e circunstância.
Os festejos vão contar com a presença de alguns Chefes de Estado de países amigos que já anunciaram a intenção de participar nas comemorações da nossa independência.
A presença de mais de sete Chefes de Estado nas comemorações da data da consagração da independência testemunha o grau de amizade e crédito que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, nutre entre os seus pares da sub-região africana.
Os notáveis esforços do Governo que tem atacado todos os setores para atender as necessidades das populações já merecem comentários favoráveis junto de países e organizações financeiras.
Assim, as autoridades do país convidam a nação unida na sua diversidade etnocultural para celebrar esta efeméride, num momento particularmente complicado que o país vive devido à pandemia da covid-19.
Por Abduramane Djaló