Guiné-Bissau cometeu dois imperdoáveis erros e o adversário (Senegal) aproveitou com eficácia, vencendo exatamente 2-0 no jogo da terceira jornada de eliminatória para o Campeonato Africano das Nações (CAN-2022) disputado ontem no Estádio Lat Dior, em Thiés, Senegal.
A Guiné-Bissau entrou bem no jogo e teve oportunidade de inaugurar o marcador numa perdida incrível de Piqueti Djassi, aos 28 minutos do encontro.
O jogo até foi equilibrado nos primeiros minutos e, num livre direto de Mama Baldé, o avançado guineense ainda acreditou na abertura do marcador pela Guiné-Bissau. No entanto, o guarda-redes senegalês, Edouard Mendy, filho de pai guineense, brilhou no encontro com várias defesas quase de golo feito.
O Senegal só abriu o marcador aos 44 minutos, de grande penalidade, convertido pelo avançado do Liverpool, Sadio Mané, que foi quase neutralizado até aí por Nanu, do FC Porto, terminando a primeira metade do jogo com desvantagem para os Djurtus (1-0).
Na segunda parte os senegaleses tiveram um ligeiro domínio da partida, não obstante as ameaças dos guineenses à sua baliza.
Aos 74 minutos, quando ainda os Djurtus tentavam restabelecer a igualdade, o defesa-central atrasou a bola para o guarda-redes Jonas e este, pressionado por um adversário, meteu mal o pé na bola que acabou, numa autêntica “oferta”, nos pés de Opa Nguette, avançado do Metz, de França, que agradeceu e fechou o resultado do encontro.
A Guiné-Bissau recebe no próximo dia 15, agora no seu reduto, a seleção senegalesa. Um triunfo seria importante para manter viva a esperança de, pela terceira vez consecutive, um apuramento para a fase final do CAN, isto após as participações no Gabão, em 2017, e no Egito, em 2019.
Mantém-se tudo em aberto quanto à possibilidade de apuramento da seleção nacional de futebol para o CAN-2022. Certo é que esta segunda derrota constitui o início de complicação de contas para o selecionador nacional Baciro Candé.
A maior competição africana de futebol deveria acontecer em janeiro de 2021, mas a pandemia da Covid-19 acabou por adiar todos os encontros de apuramento e, sobretudo, a fase final da prova, agora marcada para o período de janeiro e fevereiro de 2022.
Recorde-se que a seleção nacional tem três pontos correspondente à vitória de 3-0 frente à Essuatíni, antiga Suazilândia, vindoae perder na segunda jornada por 3-0 na deslocação ao Congo.
Com este resultado, os Djurtus ocupam atualmente o terceiro lugar com três pontos, a seis do Senegal que lidera o Grupo I com 9 pontos. De notar que o Congo está na segunda posição com três pontos e defronta na quinta-feira a selecção de Essuatíni, que ainda não pontuou.
Texto e foto: Aliu Baldé (enviado especial a Senegal)
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