O Instituto da Mulher e Criança, no quadro da comemoração do Outubro Rosa, promove em cinco bairros de Bissau, concretamente Belém, Militar, Antula, Quelelé e Bandim, através dos seus pontos focais nas bancadas e nos órgãos de comunicação social, uma campanha de alerta e sensibilização junto da população guineense, em geral, e à camada feminina, em particular, a ter consciência de que o diagnóstico precoce e rastreio do cancro da mama e do colo do útero como soluções preventivas deste flagelo.
Conforme as explicações da Khady Florence Dabó Correia, presidente do Instituto da Mulher e Criança (IMC), a comemoração do Outubro Rosa começou na década de 90, através da iniciativa da Fundação Susan G. Komen, uma organização americana que financia a luta contra o cancro de mama. Na altura, segundo a sua comunicação, a fundação trabalhava só com o cancro da mama, para consciencializar as mulheres sobre o perigo da doença, usando o laço cor-de-rosa como símbolo desta enfermidade.
Recentemente, com o aumento de casos de cancro do colo de útero, passou a prestar maior atenção a este assunto, iniciativa que se expandiu a outros países. A Guiné-Bissau é dos últimos países a comemorar esta efeméride através da Liga Guineense para o Combate de Cancro (Ligcca) que, em 2017, organizou uma formação na Assembleia Nacional Popular com os deputados da Nação, no intuito da sua posterior disseminação entre a população guineense, tendo em conta a sua representatividade junto do povo.
A presidente do IMC disse que Outubro Rosa não é muito conhecido no nosso país, pelo que a instituição que dirige sente-se obrigada a fazer a sua divulgação, para que a população esteja a altura em termos de conhecimento de ações internacionais em prol da saúde. Dabó Correia disse que, através de uma parceria entre o Governo e a ONG Enda Tiers-Monde, está-se a proceder desde meados de junho passado o rastreio gratuito de cancro da mama e de colo do útero na maternidade do Hospital Nacional Simão Mendes, que se realiza três vezes por semana. De junho a esta data, só conseguiram rastrear cerca de 300 mulheres, o que demonstra a fraca adesão das mulheres e jovens raparigas aos serviços da saúde, denotando falta de informação ou fraca consciencialização de atacar o mal pela raiz.
Através da parceria com o IMC, concretamente da campanha Outubro Rosa, a Enda Tiers-Monde aumentou a quantidade dos testes a fim de atingir um maior número de mulheres e jovens raparigas.
Quanto à Liberdade Online, que é celebrado no dia 11 de outubro, Dia Internacional das Meninas, este ano sob o lema “liberdade na linha”, a presidente sublinha o mau uso desta liberdade pela maioria dos navegadores que utiliza a internet como plataforma de resolução de conflitos, difamação, assédio e, também, da cibercriminalidade. Nestas plataformas online, as meninas correm muitos riscos, pois encontram pessoas de má-fé que, às vezes, estragam a sua vida ou as impede de exercer a sua liberdade na linha. Na perceção de Dabó Correia, tendo em conta que isso constitui uma problemática mundial, tornou-se preocupação de todos os pais chamar a atenção dos utilizadores deste espaço que, dia após dia, está a criar situações indesejáveis. De referir que a comemoração oficial desta data decorreu na Assembleia Nacional Popular.
A cerimónia foi presidida pela segunda vice-presidente da ANP, que contou com as presenças da presidente do Instituto da Mulher e Criança em representação da ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social, do representante interino da PLAN e da presidente da Renaljef.
Elci Pereira Dias