O diretor-geral da Migração e Fronteiras, Lino Leal da Silva, acusa o Ministério da Justiça de contribuir na falsificação de peças de identidades para estrangeiros na Guiné-Bissau.
Esta acusação foi feita hoje durante ma conferência de imprensa, cujo objetivo é tornar público as alegadas fraudes na produção de registos de nascimento, bilhetes de identidade e passaportes falsos para estrangeiros.
Na ocasião, o diretor-geral de Migração afirmou que desencadearam uma luta contra os falsificadores dos documentos, sobretudo passaportes, levado a cabo por próprios cidadãos guineenses para facilitar a fuga de estrangeiros para procurar uma vida melhor fora do território nacional.
Ainda Lino Leal da Silva garantiu que não vai permitir que esse mau ato continue, porque sabem até onde chega a imagem da Guiné-Bissau. Segundo ele, há alguns dias descobriram um camaronês que foi com a intenção de fazer passaporte guineense, sendo portador de documentos que o facilitam para tal, após ter prometido oferecer 12,5 milhões ao seu cúmplice.
Disse que já avisaram às pessoas a deixarem essa prática, mas sem sucesso, uma vez que existe uma grande rede por detrás disto, mencionando até próprios funcionários que, supostamente, estão infiltrados neste mau ato. Também prometeu lutar para combater tal fenómeno, colocando os praticantes na prisão, visto que só fazendo a justiça é que se resolve isso.
No entanto, Lino Leal fez um pedido ao Ministério de Justiça para colaborar no sentido de ajudar controlar documentos como certidão narrativa, registo criminal, entre outros, necessários para a produção de passaportes. Comprometeu-se continuar caso os culpados não pararem de tomar dinheiro dos estrangeiros com propósito de torná-los cidadãos nacionais de forma ilegal.
Cadidjatu Bá (estagiária)