Os deputados da bancada parlamentar do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) não vão tomar parte nas actividades da Assembleia Nacional Popular (ANP) enquanto não for libertado o parlamentar Gabriel Sow.
A posição dos deputados do PAIGC foi revelada hoje pelo vice-líder da bancada parlamentar desta formação politica, João Sidibá Sane, a saída da audiência com o presidente da ANP, Cipriano Cassamá.
O encontro com Cipriano Cassama deveria analisar as propostas apresentadas à mesa do parlamento pelas bancadas do PRS, do PND e alguns deputados visando encontrar uma solução para a crise no hemiciclo.
João Sidibá Sane disse que vão continuar com essa exigência, porque a proposta de libertação do deputado do PAIGC, entregue à mesa da ANP, deve ser resolvida para que o programa do governo seja apreciado.
Segundo este parlamentar, a Assembleia Nacional Popular deve funcionar na base das suas leis internas porque é construída pela representação das diferentes formações políticas e não por deputados sem bancada.
Para este responsável, a crise que há na ANP é dos partidos políticos com assento parlamentar, por isso qualquer solução deve ser encontrada através destes partidos com representação parlamentar e o presidente da Assembleia Nacional Popular.
“Muitas pessoas estão a tentar intoxicar a opinião pública, fazendo acreditar que o problema existente na ANP foi provocado pelo presidente e pelo vice-presidente do parlamento, isto não passa de tentativas de enganar a opinião pública”, acusou.
João Seidibá Sane afirmou que o presidente da ANP dirige, mas não manda nos órgãos da Assembleia, porque as decisões políticas são tomadas colegialmente pelos órgãos competentes do parlamento.
O vice-líder disse que a sua bancada sempre estará disposto a contribuir para que uma solução da crise seja encontrada.
O deputado Gabriel Sow foi detido na semana passada sem que a sua imunidade parlamentar seja levantada, na sequência de uma condenação a oito anos de prisão efetiva de que eu fora alvo pelo Tribunal Regional de Bissau, sentença essa mais tarde confirmada pelo Supremo Tribunal de Justiça.
ANG/FGS/SG