Comunidade islâmica beneficia de 3 mil carcaças de carneiro

A comunidade islâmica do país beneficiou de três mil carcaças de carneiro, provenientes do Reino da Arábia Saudita.

A entrega oficial aconteceu na manhã desta segunda-feira, dia 27, numa cerimónia presidida pelo chefe do Gabinete do ministro das Finanças.

A ocasião serviu para Santos Fernandes manifestar a sua satisfação, pois foi ele mesmo que coordenou os trabalhos, obedecendo as orientações de um despacho do ministro Ilídio Vieira Té. O Governo, através do Ministério das Finanças, serviu do elo da ligação para que a Guiné-Bissau conseguisse esta ajuda.

Neste sentido, Santos Fernandes agradeceu “a amabilidade do povo irmão” da Arábia Saudita que, “tradicionalmente costuma apoiar o povo guineense”, sobretudo os mais carenciados. “Nós queremos agradecer, do fundo de coração, por este nobre gesto de irmandade”, declarou.

No entanto, garantiu que o executivo usou todos os meios logísticos e financeiros à sua disposição para permitir a distribuição desta oferta a todo o território nacional.

Alanso Fati foi indigitado pelas três principais responsável organizações islâmicas da Guiné-Bissau, nomeadamente a União Nacional dos Imames, o Conselho Nacional Islâmico e o Conselho Superior para os Assuntos Islâmicos, pela distribuição das carcaças dos carneiros.

Foi nessa qualidade que aproveitou para agradecer o donativo do Rei da Arábia Saudita, destinado “aos países menos possibilitados” e aproveitou para exortar que a oferta é para as populações e não deve ser vendida.

Em relação a quantidade conseguida para este ano (três mil caixas), o dirigente religioso indicou que aproveitou a presença dos doadores para antecipar pedido no sentido de aumentar o número das carcaças nos próximos tempos, até porque anteriormente vinham cerca de cinco mil.

Fati fez saber que a distribuição só será feita em mesquitas onde se realiza a reza de sextas-feiras e não naquelas de pequenas dimensões (conhecidas por almadjadjas).

Nas regiões, disse, a entrega será feita aos governadores e imames centrais de cada zona, sendo as escolas corânicas e os orfanatos, outros dos beneficiários.

A inovação deste ano é que cada instituição beneficiária não precisará de se deslocar para receber o donativo, mas será a própria organização liderada por Alanso Fati a levar para junto de cada uma. 

Presente na cerimónia, o presidente da União Nacional dos Imames também agradeceu o gesto, tendo pedido a compreensão por parte dos destinatários, na medida em que o dom não chega para todos. Tcherno Suleimane Baldé apelou à organização a trabalhar para que a carne cheque a todas as comunidades mais necessitadas do país.

Anualmente, as autoridades sauditas distribuem milhões de toneladas de carcaças dos carneiros sacrificados durante a peregrinação à Meca para os países mais necessitados. E a Guiné-Bissau não é exceção.

Segundo o que foi possível apurar, a partir do próximo ano há possibilidades de se aumentar as quantidades das ofertas, já que haverá mais peregrinos. Isso porque certas restrições feitas no quadro da pandemia da Covid-19 serão levantadas na Arábia Saudita, permitindo a entrada de mais pessoas para o cumprimento do quinto pilar do Islão.   

Ibraima Sori Baldé

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