Comunidade de Bajopé Capol cria projetos para travar êxodo rural de jovens

Secção Bajopé Capol, setor Canchungo Região de Cacheu, com uma superfície de nove quilómetros e meio, uma população estimada, no último senso realizado em 2010, em cerca de 807 habitantes com dista da vila de Canchungo a nove quilómetros vive dois problemas furtos, roubos e fuga de jovens para cidades e Senegal.

A etnia maioritária é manjaca com um ritual da sua cultural tradicional chamada Cadjar Uleek, (cultivo de feijão) que se realiza no período após a lavoura está a perder-se de ano para ano. A população dessa localidade vive da agricultura, criação de gados e comércio.

A secção Bajopé Capol, afasta da sede setorial Canchungo a nove quilómetros, tem uma escola primaria, Ensino Básico de Bajope, que lecionava de primeiro ao quarto ano de escolaridade, graças à reabilitação de pavilhões da escola construída na época colonial pela associação dos filhos, amigos da aldeia residentes no país e na diáspora. A boa novidade é que a comunidade conta agora com um Jardim Infantil.

A ideia, no fundo, visa minimizar sofrimento dos estudantes e travar fuga dos aldeões sobretudo jovens, da zona rural para cidades, em especial República vizinha de Senegal, que em consequência desse impacto negativo a comunidade vai-se empobrecendo gradualmente.

A associação N’gtche Balollé (Nós somos iguais) filhos e amigos de Bajopé residentes em França, em semelhança do trabalho de reabilitação da escola, construíram um centro multifuncional, com 06 quartos dormitórios, um salão de conferências com capacidade para albergar 60 pessoas, um armazém, salão de espetáculos e uma sala da informática que fez daquela localidade uma aldeia modelo.

Na sequência dessas obras de caridade, doaram vários materiais entre quias; mesas, cadeiras, armários, secretárias, matérias didáticas, tintas a cores para todo tipo de trabalho de exercícios de embelezamento do jardim, assim como diferentes brinquedos. Também entregaram 18 computadores de mesa, 04 painéis solares com respetivas baterias e demais matérias para equipar a escola e centro.

Agora a população quer solicitar junto da delegacia regional de saúde pública do setor a colocação de um posto sanitário naquela aldeia. Luís Gomes gestor financeiro da associação e da escola vai informando aos seus conterrâneos da terra que, tudo não se resolve de uma só assentada, mas pouco a pouco vai-se fazendo.

Projetos para combater êxodo rural

“Nós temos vários projetos em manga dentre quais, estará problema de posto sanitário, que funcionava em tempos atrás, mas por falta de colaboração do Estado acabou por fechar as portas, se tudo correr bem num futuro breve reabriras de novo as portas, de igual modo vamos construir residência para os professores” prometeu Gomes.

Garantindo ainda que vão abastecer armazém com produtos da primeira necessidade, para facilitar os moradores que em ocasião, são obrigados deslocar para cidade de Canchungo com intuito de, satisfazer as suas necessidades que por contrario podiam ser resolvidas nas suas habitações, de certa forma também, os familiares residentes na diáspora vão poder fazer compras para seus ente queridos diretamente partir dos países onde residem, e lucros serão revertidos para os fundos de associação.

Na mesma senda Chefe da tabanca Pedro Vaz elogiou os trabalhos assegurando, que vai usar a sua influência junto dos moradores para bom uso dos materiais, e objetivo preconizado.

Em semelhança o diretor da Escola Alberto Mendes, enalteceu gesto que considerou de balão de oxigénio para todas as pessoas beneficiárias em especial, classe juvenil que agora, tudo esta nos seus alcances, e tempo não espera por minguem, que aproveitem máximo das oportunidades que têm a com materiais principalmente os aparelhos informáticos para benefícios coletivos.

“A instituição escolar que dirijo vai estar agora em condições de funcionar de forma mais adequada sobretudo, jardim infantil que já dispõe dos meios materiais para funcionar, vai ajudar na aprendizagem das crianças entre tanto encorajo mais esforços apesar muitas coisas faltam ainda para fazer” elogiou o diretor.

Na voz das mulheres Celeste Mendes assegurou que, estão sem palavras para agradecer com esses trabalhos feitos porque vão reter a saída dos rapazes e raparigas de forma desnecessária ainda, vai contribuir também no regresso de muitos deles que já saíram a procura de saber no domínio da informática em Canchungo, Bissau assim como no Senegal, que por vezes acabam ficando e nunca mais dignam para voltar.

De seguida Edneusa Djú uma das Educadoras colocada no Jardim da Infância, apela os pais encarregados da Educação que dessem as crianças irem à escola. “A vida dum ser humano e seu futuro começa na escola, atualmente Homem sem conhecimento científico é uma Minhoca sem vista que anda de lado a lado sem saber que destino a seguir” apelou educadora. 

Falta de Segurança

No que diz respeito a segurança da tabanca, Vaz lamentou de não puder criar vacas hoje em dia e outros animais na zona. Para ele mesmo dormir no mesmo quarto com animais domésticos amarrados à cama com medo de perde-los por causa da ação dos larápios é muito incómodo.  

Para Pedro o centro que agora foi criado e projetos em manga, fazem parte do objetivo de travar saída da classe mais jovem da comunidade para zonas longínquas. Entretanto, com isso toda gente sente mais confortável na sua casa, na mesma linha faz lembrar aos jovens que o projeto está direcionado para eles com isso são responsáveis para ajudar, atenuar situação de roubos que sofrem por falta de permanência de muitas pessoas na vila.  

Chefe da tabanca mostrou-se preocupado com fenómeno que abalou o país, em especial região de Cacheu que para ele, transformou-se num bicho-de-sete-cabeças, na sua zona e localidades de Canhobe, Tame, Begodjam, Caió, Canchungo, e tabancas arredores, que na verdade abandono das zonas rurais para cidades estimula bastante prática de roubo e furtos de gado bovino.

É de sustentar que ato do género não se verificava nos anos atrás tendo em conta conjuntura social, religiosa do local que era conhecida como terra sagrada ninguém ousava roubar.

Aquele responsável da tabanca assegurou que a saída dos jovens em busca de melhor condições de vida, permitiu entrada das pessoas estranhas nas Aldeias acima sitas, acusando-as de serem primeiros responsáveis, a incentivar e facilitadores dos ladrões, para ele, é difícil entrar numa casa sem saber a entrada e saída, tanto como na Tabanca para roubar sem ter colaboração duma outra no local.

“Tudo isso os nossos dirigentes não podem escapar das críticas por falta da insegurança, ameaça de perigo de vida que a população corre dele, que na ocasião malfeitores usam armas automáticos para o efeito, segundo ele onde é que sairão com armas daquele Calibre˝, questionou Vaz.

Na resposta sobre que medida a tomar junto da entidade competente para por cobro a situação, Pedro assegurou que a pratica que agora agudizou, proliferou-se por toda parte da Guiné-Bissau e é do conhecimento da entidade Estatal há muito tempo, mas sempre acabam por demonstrar incapacidade de assumir responsabilidades, que lhes são incumbidas para atenuar situação.

Vigiar as tabancas na calada da noite

“Estamos mobilizados para vigiar e mudar a situação, através de rusgas e as medidas que tomamos sobretudo, entrada das pessoas não identificadas nos períodos noturnos na obstante, devem especificar motivo pelo contrário correm sérios riscos de serem mortas” disse chefe da tabanca.

O responsável criticou jovens por revelarem preguiças e não gostarem de esforçar, labutar para terem uma vida condigna, que passa pela escola, trabalho, empenho e dedicação. “Abandonam zonas rurais para cidades sem terem necessidade para tal, disse para depois acrescentar, “e por vezes acabam tornar-se em cobras venenosas para sociedade”.

Outro Fato que reflete negativamente nessa comunidade é sobreposição da cultura Senegalesa em revelia sobre as locais. Os aldeões daquele lado deixaram de manifestar a tradicional festa cultural Cadjar Uleek, a favor do dia 03 de Agosto data, decretado feriado nacional no Senegal como dia de assunção da Santa Maria para os céus.

Para quem frequenta essa localidade constata a realidade porque, quase maioria dos habitantes da aldeia têm dificuldades de falar a língua crioula em contrapartida, têm domínio absoluto e sotaque da língua nacional do Senegal (HOLOF). Ainda, muitas crianças já sofrem e continuam a sofrer com prática, por não terem gozado o direito que as crianças têm sobretudo Educação, divido as deslocações constantes entre a tabanca e o Senegal principalmente no período das aulas.

Para finalizar Pedro Vaz, apela às entidades responsáveis do país prestassem mais atenção ao povo e colocar forças de segurança no local para colmatar danos que estão a sofrer. 

Pediu também aos jovens para se abdicarem das práticas que comprometem seus futuros. Apelou outras comunidades para copiarem os trabalhos que estão sendo feitos, na sua localidade que só com mãos dadas estarão em condições de atingir a meta traçada.

Francisco Gomes (colaborador)

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