A Igreja Católica espera que nesse tempo de Advento e a celebração da festa de nascimento de Jesus, no dia de Natal, o povo pretenda juntar a voz com a do profeta Jeremias, expressando: “Esperávamos a paz e nenhum bem encontramos; esperávamos um tempo de cura e eis que é o terror”.
A mensagem foi transmitida na voz do padre Paulo de Pina Araújo porta-voz dos pastores e dioceses de Bissau e Bafatá, durante uma conferência de imprensa realizada hoje, dia 19 de dezembro, com o objetivo de exortar a todos a continuar a esperar aqueles tempos de paz que Deus nos prometeu.
O padre afirmou que existem ainda pessoas que não aceitam que os guineenses possam viver tempos de paz num caminho de desenvolvimento e de fraternidade, e que esses desejos estão no coração de todos os que querem o bem da Guiné-Bissau.
“Estamos na véspera da festa do Natal, festa dos cristãos e de todos os homens e mulheres de boa vontade e é uma festa de amor, fraternidade mundial, ternura de uma criança, que veio para que todos tenham paz. Que era todo-poderoso na sua essência e natureza divina, mas que se dignou humilhar-se, baixar-se sem prepotência, para que nós, servos, possamos viver na alegria de Deus”.
Segundo Araújo, a Guiné-Bissau não quer ficar de fora desta fraternidade universal de paz, no entanto, os guineenses não querem continuar a andar em caminhos de divisão e de privilégio de alguns, e que as crianças também tenham direito de receber um país que lhe dêem a possibilidade de um futuro melhor, eis por que razão continuam a esperar a paz.
Padre Paulo de Pina referiu que a palavra de Jesus foi proferida num momento muito difícil da sua vida, em que ele mesmo estava sendo detido e abusado injustamente, mas optou pela não-violência, e todos devem seguir o exemplo deste, mesmo quando estão em situações difíceis.
Cadidjatu Bá (Estagiária)
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