O novo Secretário de Estado da Comunicação Social, Muniro Conté, afirmou que não há nenhum país no mundo que possa funcionar sem a comunicação social, dizendo que tem a consciência clara da situação que vai enfrentar nesse setor.
A observação foi feita durante a cerimónia de passagem de testemunha com o ministro cessante, no dia 14 do mês em curso, no Palácio do Governo. Na mesma ocasião, Conté disse que a situação que a comunicação social atravessa é conjuntural, fraturante e estruturante.
O Secretário de Estado sublinha que o grande problema da Guiné-Bissau é a continuidade de Estado, ou seja, alguém inicia um projeto e quando sai fica bloqueado, porque a pessoa que o substitui, naturalmente, não dá continuidade.
Sobre este assunto, Muniro Conté prometeu dar seguimento tudo de bom que foi deixado pelo seu antecessor.
O novo titular da pasta da Comunicação Social afirma, por outro lado, que conta com a colaboração da equipa de trabalho que vai constituir e espera, no entanto, que venha conseguir mudar o paradigma naquela instituição.
Disse sentir-se em casa, porque vai continuar a beneficiar de legados de alguns veteranos da área, não só pela experiência deles, mas também o que deixaram como compromissos, valores, assim como o modo de bem servir a instituição.
Reconheceu que a comunicação social continua a ser o parente pobre, apesar de ser um dos poderes reconhecidos na configuração dos poderes, devido a sua transversalidade.
“Tive uma conversa prévia com o ministro que me passou mensagem sobre a herança que vou encontrar nesse sector. E como ele disse e muito bem, também sou uma pessoa muito ousada em enfrentar desafios”, informou.
Conté agradeceu ao ministro cessante por ter conseguido resultados em algumas áreas da sua tutela, apesar das dificuldades, tendo garantido que vai primar pela postura de não fazer a descontinuidade. Diz esperar conselhos e contribuições de todos para melhorar o funcionamento da instituição.
Por sua vez, o ministro cessante, Fernando Mendonça, disse que não tem dúvidas de que o seu sucessor vai conseguir empurrar o barco para a frente, tal como sempre fez nas outras áreas em que passou, nomeadamente, na Radiodifusão Nacional, não só, como jornalista, assim como diretor e ainda nas Nações Unidas.
Mendonça diz ser um currículo que lhe deixa tranquilo em relação àquilo que poderá ser o futuro daquela instituição.
Agradeceu à colaboração de todos os funcionários do ministério, acrescentando que, se de fato, fez alguma coisa foi graças à competências daquelas pessoas.
O que mais me tocou na profundeza, segundo Mendonça, é o sentimento de dever cumprido em conseguir a efetivação de 100 funcionários na Administração Pública, que trabalhavam em regime de contrato há vários anos.
Alfredo Saminanco