No âmbito de comemorações do 49º aniversário do Jornal Nô Pintcha, este semanário de informação geral registou as opiniões de alguns cidadãos entre os quais, ex-diretor-geral, jornalista, e estudante do jornalismo sobre o desempenho do Nô Pintcha ao longo desses anos.
Simão Abina – ex-diretor-geral do jornal
Estou a ver que até agora existe uma força e dinâmica no jornal, porque a gestão de uma senhora é diferente com a dos homens, embora é preciso reforçar os quadros. No meu entender, atualmente o Nô Pintcha depara com insuficiência de recursos humanos.
O jornal precisa redobrar esforços para poder manter na fila de melhor mídia impresso no país, alguma vez chegou um momento em que o jornal estava no nível muito baixo, mas graças a dinâmica da nova direção que está a trabalhar para a sobrevivência do mesmo, as coisas estão a melhorar dia-após-dia.
Quanto ao aspeto a melhorar, acho que este deve ser a diversificação dos conteúdos noticiosos, porque os assuntos do interior só merecem destaques quando vai lá um membro do Governo, portanto, é bom mudar rumo das coisas.
Jéssica Tavares – estudante de jornalismo
Eu acho que o Jornal Nô Pintcha como órgão público, deve ser vendido mais barato, pois, o preço de 500 francos CFA é caro, tendo em conta o poder económico dos guineenses, pois, muita gente não tem condições de comprá-lo.
Um outro fator que limita a venda do jornal tem a ver com a falta de hábito de leitura, por isso, preferimos comprar passe de internet ao invés de adquirir um jornal ao preço de 500 francos CFA.
Na minha modesta opinião, se o jornal custasse 100 francos, isso motivaria as pessoas a fazer exercício de leitura.
O que me impressionou nesta palestra é que eu nunca conhecia a história dos jornais impressos do nosso país, e com este colóquio acabei de descobrir quais os jornais que existiam desde a luta de libertação até a fundação do jornal Nô Pintcha em 27 de Março de 1975.
Aguinaldo Ampa – jornalista
O Jornal Nô Pintcha, de facto, é uma “escola” tal como os decanos da comunicação social acabaram de afirmar na palestra. Sobre a politização da profissão do jornalismo, para mim, essa situação nunca vai ser ultrapassada, porque todo o ser humano tem as suas necessidades e precisa satisfazê-las, e, neste caso, os órgãos de comunicação social, principalmente os privados, devem criar condições mínimas para os seus funcionários.
Um profissional com salário de 25.000 francos CFA não pode ser honesto no exercício das suas funções, por isso, os proprietários de órgãos devem trabalhar nos projetos que possam assegurar as suas instituições de comunicação e os seus trabalhadores.
Também, quero chamar à atenção aos colegas da classe, no sentido de melhorarem a forma de vestir e estar bem no meio das pessoas, embora os proprietários dos órgãos têm esta responsabilidade de orientar os estagiários a organizarem-se antes de saírem nas redações.
Naiza Francisco Imbirim (estagiária)