O Governo beneficiou de um donativo chinês em cerca de 4.100 milhões de FCFA, no âmbito de um acordo de cooperação económica e técnica assinado, no dia 16 de março, entre o ministro das Finanças e o embaixador do gigante asiático.
O montante em causa destina-se à realização de projetos acordados entre as partes, sendo os detalhes sobre a sua aplicação a serem definidos por outros acordos a rubricar.
Segundo o documento assinado, a Secretaria de Estado do Tesouro da Guiné-Bissau e o Banco de Desenvolvimento da China deverão abrir uma conta de assistência sem juro e taxa, designada conta de assistência nº. 2020/1, com vista a registar os pagamentos de acordo com os processos da operação do banco chinês, devendo informar periodicamente os respetivos governos.
Depois da assinatura do acordo, o ministro das Finanças afirmou que a verba disponibilizada é uma doação do Governo da China ao executivo da Guiné-Bissau. João Alage Mamadu Fadia acrescentou que este apoio sucede várias outras assistências que aquele país amigo tem disponibilizado ao Governo guineense, tornando-se assim num parceiro particular no apoio ao desenvolvimento e bem-estar do país, lembrando que as ajudas daquele país são de longa data e remontam os primórdios da luta de libertação nacional.
Por sua vez, o embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da República Popular da China manifestou-se satisfeito por ter representado o seu Governo nesse ato que qualifica de muito importante para o reforço da cooperação entre os dois países, tendo prometido que tudo fará para que o valor seja o mais rapidamente desbloqueado e direcionado aos projetos definidos.
Guo Ce aproveitou a ocasião para anunciar a possibilidade de reforçar a cooperação com a Guiné-Bissau no domínio de combate à Covid-19, tendo afirmado que o executivo chinês já ofereceu assistência gratuita de vacinas para mais de 69 países no mundo, exportou as vacinas para 40 estados e mais de 60 países estão a concluir o plano da validação da vacina chinesa.
O diplomático disse que com a efetivação do processo, os estudantes guineenses na China, que desde o surgimento da pandemia regressaram à Guiné-Bissau, terão condições de voltar e retomando os estudos com total normalidade.
Finalmente, Guo Ce disse que o seu Governo está disposto para oferecer vacinas à Guiné-Bissau desde que tenha recebido pedido formal para o efeito.
Texto e foto: Seco Baldé Vieira