O Presidente da República prometeu construir uma casa denominada, Centenário Amílcar Cabral, em Bissau, no dia 12 de setembro deste ano, como forma de render homenagem ao fundador da nacionalidade guineense, na qualidade de património nacional.
Umaro Sissoco Embaló fez essa promessa hoje, após ter depositado as coroas de flores, na campa do falecido líder fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana, assassinado no dia 20 de janeiro de 1973, em Conacri, também, a data é conhecida como “Dia dos Heróis Nacionais”.
Em declarações à imprensa, o Presidente da República afirmou que esse ato é expressamente reservado pelo Estado e não de “bagunças ou desordens e muito menos dos partidos políticos”.
Sissoco Embaló disse que uma vez todos os guineenses afirmaram que Amílcar Cabral é um património nacional e mundial, “Porquê que agora estamos a banalizar essa figura mundial?”.
O primeiro Magistrado da Nação afirmou que no Dia dos Heróis Nacionais do Gana, o Estado que assume a sua comemoração, significa que não é qualquer individuo ou grupo de pessoas a organizar a celebração.
Embaló disse que pessoalmente não conheceu Amílcar Cabral, porque quando foi assassinado, tinha cinco meses de vida, mas sim, ouviu a história nas pessoas de Ben Bella de Argélia, na Líbia, Júlio Nyerere e Kenneth Kaunda, disseram que Amílcar eram um líder honesto e não gostava dos “malandro”, por isso causaram a sua morte, porque castigava muitas pessoas que furtavam coisas do partido durante luta, por isso, foi assassinado por esses indivíduos.
“Hoje, todas pessoas falam de Amílcar Cabral e até os malandros”. Umaro Sissoco Embaló afirmou que Amílcar nunca usou partido (PAIGC) que é Movimento de Libertação para o seu fim ou roubou uma coisa de todos.
Questionou quando Amílcar Cabral construiu uma casa ou comprou uma viatura, com dinheiro do partido? “Portanto, temos que respeitar esse homem e todos os heróis de luta e dos combatentes da liberdade de pátria”.
O Chefe de Estado reafirmou que é o Presidente da República que assume a organização do Centenário de Amílcar Cabral, e mais ninguém. “Quem quer participar que participe, mas vou organizar, o que significa que Estado que constituiu e não é pessoalmente”.
Embaló esclareceu que a organização do referido centenário não é o papel do Parlamento e nem do Governo, mas sim, do Presidente da República.
De salientar que o Chefe de Estado depositou também coroas de flores na campa do antigo Presidente da República e combatente da liberdade da pátria, João Bernardo Vieira (Nino) e visitou ainda o panteão das campas de Rui Demba Djassi, em 1964, Domingos Gomes Ramos, morto em 1966, Pansau Na Isna, em 1970, Ernestina Sila (Titina), em 1973, Osvaldo Máximo Vieira, em 1974 e Francisco João Mendes, em 1978, respetivamente.
Fulgêncio Mendes Borges