O Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo, regressou ao país na terça-feira, após ter participado na VI cimeira entre a União Africana (UA) e a União Europeia (UE), que decorreu em Bruxelas, de 17 a 18 de Fevereiro. À sua chegada a Bissau, o Chefe de Estado não prestou quaisquer declarações à imprensa, uma situação pouco habitual.
O encontro tinha como objectivo reunir sinergias para juntos encontrar soluções para os novos desafios comuns que afetam os dois continentes, assim como criar uma nova parceria, renovada e baseada no respeito mútuo e confiança, para alcançar uma maior prosperidade e, consequentemente, uma maior estabilidade.
Segundo informações avançadas ao Nô Pintcha pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, foram lançadas as bases para a criação de um pacote de investimento África-Europa, que permita fazer frente aos novos desafios globais, nomeadamente, as mudanças climáticas, a pandemia da Covid-19, a migração ilegal, entre outros.
As discussões decorreram em diferentes painéis temáticos onde os Chefes de Estado participantes puderam intervir e dar os seus contributos.
À margem da cimeira, o Presidente guineense teve vários encontros bilaterais com diferentes Chefes de Estado e de Governo, que expressaram a sua solidariedade em relação aos acontecimentos do passado dia 1 de fevereiro.
No âmbito da sua participação, a delegação de Umaro Sissoco Embaló, integrada pela ministra de Estado dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades, Suzi Carla Barbosa, foi recebida pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
A ocasião serviu para aquele dirigente europeu expressar ao Chefe de Estado a solidariedade, em nome da sua instituição, pela tentativa de golpe de Estado, que resultou em pelo menos 11 mortos.
Sissoco EMbaló foi também recebido em audiência pela nova presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
Os principais temas debatidos no encontro foram “Financiamento para o crescimento sustentável e inclusivo”, “Alterações climáticas e transição energética, digital e transportes”, “Paz, segurança e governação”, “Apoio ao setor privado e integração económica”, “Educação, cultura, formação profissional, migração e mobilidade”, “Agricultura e desenvolvimento sustentável” e “sistemas de saúde e produção de vacinas”.
Importa salientar que na sua escala em Dakar, o Chefe de Estado foi convidado de honra, ao lado dos homólogos da Libéria, George Weah, do Ruanda, Paul Kagame, dos presidentes da FIFA, Gianni Infantino e da UEFA, Aleksander Ceferin, para participar na inauguração do Estádio Olímpico senegalês, batizado com o nome do ex-chefe de Estado, Abdoulaye Wade. O estádio fica situado na nova cidade de Diamniadio, a 60 quilómetros da capital Dakar, local também onde se encontra o aeroporto internacional.
Na inauguração daquela infraestrutura desportiva realizou-se um jogo amigável entre as lendas africanas e os antigos jogadores senegaleses. Para a turma senegalesa marcou Calilo Fadiga e para a equipa das estrelas futebolísticas do continente, marcou o togolês Emmanuel Adebayor.
Ibraima Sori Baldé