Vinte e seis recém-formados do curso médio e profissional em Administração e Autarquia, Gestão Hoteleira e Turismo, Contabilidade e Gestão, do Centro de Formação São Leonardo Murialdo “Os Josefinos”, referente ao ano letivo 2020/2021, receberam os seus respetivos diplomas, no passado dia 25 de fevereiro. O grupo integra apenas três rapazes.
Na cerimónia, o administrador do centro, Cunhate Moba, disse que nos diplomas estão gravados os rastos dos pioneiros que há 14 anos de luta mas exatamente festejam o nascimento do Centro São Leonardo Murialdo.
Segundo Moba, nesses diplomas estão consignado o vínculo indestrutível de São Leonardo Murialdo com a sociedade, pacto consagrado em missão, que é formar profissionais de mais alta qualidade, gerar e difundir conhecimentos, preservar e divulgar os valores artísticos e culturais constituindo assim uma instituição estratégica para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
O Administrador quer que os finalistas sejam capazes de engajar-se com o desenvolvimento, nas boas causas sociais, desejam que permaneçam atentos aos sérios problemas ambientais dum país de crescimento em que, acima de tudo, revela cidadão íntegro e profissional.
Por sua vez, o diretor do Centro, Afonso da Silva, disse que a realização desta cerimónia de graduação dos VIIIº finalistas, reveste-se de particular simbolismo para a instituição académica, pois marca a conclusão do primeiro ciclo de formação profissional de nível médio em Administração e Autarquia, Contabilidade e Gestão Hoteleira e Turismo.
Segundo ele, o ato corresponde ao alcance do principal objetivo do projeto lançado em maio de 2008, com a missão de formar técnicos profissionais e qualificados, comprometidos com o desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau.
Para aquele responsável, toda transcorrida de três anos, desde o início do ano letivo, estão a viver um momento de festa, com a consciência de ter cumprido com o lançamento de mais quadros técnicos profissionais ao mercado de trabalho.
Outrossim, quando se aventurem no mercado de trabalho, não deixa para trás os alcances, a formação rigorosa, a capacitação de superação permanente que este país necessita.
Aventurem-se cheios de esperanças, ética, dedicação, capacidade, competência e ainda o mais importante é a consideração e ética em todos aspetos práticos da vida profissional. “E Que o Santo Leonardo Murialdo abençoe vossos Diplomas”.
Em nome dos finalistas, Cirilo Coró declarou que foi um percurso de três anos que os permitiu formar para um nível prático em que a “ciência é formada por valores”. Isso contribuiu para que “sejamos detentores de um saber científico correto, capazes de passar do saber científico ao saber fazer, capazes de pensar sobre o que fazer e ter em conta os múltiplos fatores intervenientes na ação ao conceberem projetos viáveis”.
Igualmente, permitiu formar para a mudança e o exercício da autonomia, do pensamento crítico e criativo, para a análise, compreensão e resolução de problemas. “São capazes de definir objetivos e prioridades, de planear e gerir no tempo e recurso de avaliar as ações realizadas”.
Demonstrou o espírito de iniciativa, capacidade para a realização precisa e perfeita do trabalho, para tomar decisões e exercício de liderança e da criatividade. Revelaram uma atitude positiva face à mudança e à aprendizagem. A capacidade para a utilização de múltiplos saberes e para a participação ativa na sua produção.
Ao longo dos últimos três anos, revelou, pedimos aos nossos professores apreciar que todas estas múltiplas aprendizagens concorram para o desenvolvimento pessoal e, particularmente, para o exercício técnico, para o encontro de culturas e a universalidade de comportamentos, no âmbito do exercício profissional.
Coró disse que esses três anos permitiram também desenvolver a autoconfiança, a autoestima, a capacidade de comunicação e de relação interpessoal, a capacidade de assumir as nossas responsabilidades e de as executar em parceria com outros.
Entretanto, o porta-voz dos finalistas deixou algumas preocupações sobre os desafios que vão ter de enfrentar no mercado de trabalho e, com base nisso, recomenda o seguinte: que seja introduzido no currículo escolar a cadeira da informática básica; que seja instalada o serviço de internet banda larga no centro; que seja construída uma infraestrutura de ensino dotada de equipamentos qualificados; que essa instituição do ensino estabeleça parcerias com outras instituições público/privadas, de forma a dotar os recém-formados de estágio técnico-profissional.
Cirilo Coró acredita que qualquer um dos formandos que receber o diploma, estará em condições de contribuir para a melhoria da oferta de trabalho no país.
Adelina Pereira de Barros