O novo diretor do Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense, Paul Barascut, pretende impulsionar a cooperação com os órgãos da comunicação social, no domínio da formação ambiental e, com os profissionais dos diversos Media, para divulgar a oportunidade de formação no estrangeiro.
Barascut fez saber que tem uma oferta que veio da Cooperação Francesa para formar e treinar jornalistas em questões ambientais e de investigação.
Em entrevista ao Jornal Nô Pintcha, o novo diretor do Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense sublinhou que esse local precisa tornar-se num lugar de excelência para o convívio onde o lazer, a procura do saber e a necessidade de uma boa diversão vão servir de cartazes para os visitantes.
“Brevemente, vamos retomar os serviços do restaurante bar, um lugar ligado às artes, apresentação de saraus, standard dos humoristas e tendo um toque entre as culinárias guineense, francesa e vice-versa”, revelou.
Na sua ótica, essa dinâmica passa pelas novas ferramentas, nomeadamente a web site, que será lançada brevemente, assim como a página do Facebook que está sendo redinamizada.
Conforme explicou, outra novidade em manga tem a ver com a dinâmica que o Centro Cultural vai imprimir sendo um lugar onde se ensina a língua francesa, mas também, vai- se ensinar o crioulo, assim como a organização dos espetáculos, com uma única sala capaz de albergar 220 pessoas, uma sala para apresentação de filmes, teatros, sala de workshop, bibliotecas e outra de exposições.
Segundo Paul Barascut, houve um período muito mau para todos, referindo-se, a pandemia da Covid-19, em que todas as atividades foram interrompidas. “Agora está a ser implementada nova dinâmica de cooperação entre os dois governos”, vincou.
“A visita do Presidente francês, Emmanuel Macron, demonstra que a Guiné-Bissau está a sair progressivamente do ciclo de crises políticas, para entrar numa nova fase de afirmação como país virado para o desenvolvimento. Portanto, o Centro Cultural é uma ferramenta por excelência para a dinamização de todo esse processo “, afirma.
Paul disse acreditar na continuidade de boas relações entre Bissau e Paris, com muitos resultados bons. “ O Centro Cultural Franco-Guineense vai oferecer uma programação essencialmente guineense com atuação de artistas consagrados, sessões de grupos teatrais, músicos da nova geração e porque não apresentação de filmes de cineastas nacionais”.
Lembrou ainda que, aquando do Dia Nacional da Cultura, o ministro da área esteve no centro para uma homenagem ao primeiro cineasta guineense, tendo realçado a continuidade na divulgação de mais cinemas nacionais, assim como, homenagear mais cineastas do país.
O CCFG vai apoiar o desenvolvimento dos jovens, que seja, um trampolim para que os criadores nas áreas das artes tenham um espaço, quem sabe no futuro para trabalhar na produção das suas obras.
De referir que a cooperação dos dois países remonta há décadas. O primeiro Centro Cultural Franco-Bissau-Guineense foi construído em meados dos anos 90. Já em 2004, a construção do atual centro foi concebido com o intuito de ser uma casa comum, compartilhada entre a Guiné-Bissau e a França, para promover a cultura francesa e francófona em suas diversas expressões.
Adelina Pereira de Barros