A Câmara Municipal de Bissau (CMB) iniciou uma operação de remoção de viaturas abandonadas em oficinas mecânicas e cacifos nas vias públicas, com o objetivo de mudar a imagem da capital do país.
A operação, que teve início no passado dia 9 de outubro, abrangeu não só o troço que vai desde o edifício do BCEAO, situado entre a Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria e o Bairro de Enterramento, até à entrada da paragem principal dos transportes mistos, como também vários outros bairros da capital.
Esta intervenção foi chefiada pelo inspetor-geral da edilidade, Fidélis Gomes, cujo objetivo foi remover contentores e cacifos, ação desenvolvida na presença dos respetivos donos e sem nenhuma resistência dos mesmos.
Em declarações à imprensa, aquele responsável camarário explicou que esta operação insere-se no âmbito das diretivas do Governo, através da CMB, que atingem proprietários de oficinas mecânicas e de contentores que não cumprem com as orientações do Estado relacionadas com a melhoria da imagem de Bissau.
Fidélis afirmou que durante esta operação foram removidas uma dezena e meia de oficinas mecânicas, sendo três no Bairro de Enterramento, duas em Antula, uma no Bairro de Plubá II, mais concretamente em Massa Cobra, uma na Avenida Dom Settímio Arturo Farazetta, três na Avenida das Nações Unidas, nos bairros de Cupelum de Cima, Reno N’Djaká, Gã Beafada e na Rotunda da 2.ª Esquadra.
De acordo com este alto funcionário da Câmara Municipal de Bissau, alguns donos das oficinas cumpriram com as medidas decretadas pelo Governo, havendo outros que se recusaram fazê-lo, por acharem que a remoção não seria efetuada.
Questionado se haverá a instalação de novos cacifos e oficinas naqueles locais em substituição dos removidos, o inspetor-geral assegurou que caso houver uma tentativa de reinstalação dos mesmos, as pessoas serão prontamente impedidas pelas forças da ordem.
Reagindo a esta medida do Governo, Dauda Candé, um dos proprietários dos cacifos, afirmou que nunca foram notificados no sentido de abandonar o local e as informações que tinham dirigiam-se unicamente aos proprietários de oficinas mecânicas e não de cacifos. Contudo, “vamos cumprir com as decisões emanadas pelo Estado, embora esta medida seja prejudicial aos proprietários dos cacifos.
Texto e foto: Fulgêncio Mendes Borges